29/08/2023 - 8:39
O Índice de Confiança da Indústria (ICI) cedeu 0,5 ponto em agosto, após ter recuado 2,1 pontos em julho, Com o resultado, o índice atingiu 91,4 pontos, o pior nível desde agosto de 2020 (89,8 pontos). Na média móvel trimestral, o índice contraiu 0,5 ponto, para 92,4 pontos. As informações foram divulgadas nesta terça-feira, 29, pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
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Entre os três componentes do ICI, dois apresentaram queda em agosto. O Índice de Situação Atual (ISA) recuou 1,0 ponto, a 88,5 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) ficou estável, em 94,4 pontos. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) teve queda de 0,2 ponto porcentual, a 80,8%.
“A confiança da indústria caiu pelo segundo mês consecutivo influenciada pela piora da percepção sobre o momento e estabilidade em relação às expectativas. Os resultados mostram que os empresários ainda continuam bastante afetados pela conjuntura macroeconômica atual que sustenta ainda taxa de juros e endividamento das famílias em patamares elevados, dificultando a recuperação da demanda e mantendo as empresas com nível de estoques alto, principalmente nos segmentos produtores de bens de consumo”, avalia em nota o economista do Ibre/FGV, Stéfano Pacini.
Entre os quesitos que integram o ISA, o que mais influenciou a queda no mês foi o que mede a percepção dos empresários sobre a situação atual dos negócios, que recuou 2,7 pontos, para 88,9 pontos, menor marca desde fevereiro de 2022 (86,9 pontos). O indicador que mede o nível atual de demanda também caiu (-0,9 ponto), para 91,5 pontos. Já o nível de estoques recuou 0,9 ponto para 113,6 pontos.
Pelo lado das expectativas, o indicador de produção prevista subiu 1,6 ponto, para 94,7 pontos, enquanto o que mede as perspectivas sobre as contratações cresceu 0,9 ponto para 101,0 pontos. Em contrapartida, a tendência dos negócios para os próximos seis meses caiu 2,4 pontos, para 87,9 pontos, permanecendo abaixo dos 100,0 pontos desde setembro de 2021.
“Para os próximos meses, as perspectivas sobre os negócios reforçam a ideia de um segundo semestre com nível de atividade morno, porém com alguma melhora no mercado de trabalho”, avalia Pacini.