O Índice de Confiança Empresarial (ICE) subiu 2,2 pontos em março ante fevereiro, para 91,4 pontos, informou nesta segunda-feira, 3, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em médias móveis trimestrais, o indicador avançou 0,2 ponto, após cinco meses de quedas consecutivas.

“As sondagens empresariais do FGV Ibre retratam um cenário ainda fraco de atividade econômica ao final do primeiro trimestre de 2023 para os segmentos cíclicos da economia, associado a uma melhora das expectativas, especialmente nos quesitos com horizonte de seis meses. Em outras palavras, a despeito do aumento da incerteza econômica em março – em grande parte relacionado ao risco de crise bancária nos EUA e na Europa – há redução do pessimismo das empresas brasileiras em relação ao segundo semestre do ano. Destaca-se neste sentido a Indústria, primeiro setor a registrar desaceleração no ano passado, e que agora passa a apresentar expectativas mais favoráveis no horizonte de seis meses além de um maior ímpeto para contratações”, avaliou Aloisio Campelo Júnior, superintendente de Estatísticas Públicas do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

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O Índice de Confiança Empresarial reúne os dados das sondagens da Indústria, Serviços, Comércio e Construção. O cálculo leva em conta os pesos proporcionais à participação na economia dos setores investigados, com base em informações extraídas das pesquisas estruturais anuais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a FGV, o objetivo é que o ICE permita uma avaliação mais consistente sobre o ritmo da atividade econômica.

O Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) subiu 1,0 ponto em março ante fevereiro, para 90,9 pontos. O Índice de Expectativas (IE-E) avançou 5,1 pontos, para 93,0 pontos. “Com o resultado, o IE-E supera o ISA-E pela primeira vez desde março de 2022”, apontou a FGV.

Na passagem de fevereiro para março, a confiança dos serviços subiu 2,6 pontos, para 91,7 pontos, e a do comércio cresceu 1,1 ponto, para 86,9 pontos. A indústria teve elevação de 2,4 pontos, para 94,4 pontos, enquanto a construção ficou estável (0,0 ponto), em 94,4 pontos.

Em março, a confiança avançou em 61% dos 49 segmentos integrantes do ICE.

A coleta do Índice de Confiança Empresarial reuniu informações de 3.881 empresas dos quatro setores entre os dias 1º e 28 de março.