Os recuos nos preços dos alimentos e da passagem aérea puxaram a deflação no varejo medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) de agosto, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O IGP-DI teve alta de 0,05% em agosto em relação a julho. Quatro dos oito grupos de despesas investigados registraram queda de preços no período.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI) saiu de uma elevação de 0,07% em julho para uma redução de 0,22% em agosto.

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Na passagem de julho para agosto, cinco das oito classes de despesa registraram taxas de variação mais baixas: Educação, Leitura e Recreação (de 1,33% em julho para -2,76% em agosto), Transportes (de 1,07% para 0,39%), Alimentação (de -0,36% para -0,84%), Despesas Diversas (de 0,48% para -0,06%) e Comunicação (de 0,04% para 0,03%). As principais contribuições partiram dos itens: passagem aérea (de 6,20% para -16,33%), gasolina (de 4,08% para 1,24%), hortaliças e legumes (de 0,13% para -6,87%), serviços bancários (de 0,63% para -0,05%) e mensalidade para TV por assinatura (de 0,22% para 0,00%).

Na direção oposta, as taxas foram mais elevadas nos grupos Habitação (de -1,06% para 0,51%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,25% para 0,36%) e Vestuário (de -0,33% para -0,25%), sob influência dos itens: tarifa de eletricidade residencial (de -4,64% para 2,42%), artigos de higiene e cuidado pessoal (de -0,04% para 0,45%) e calçados (de -0,29% para -0,11%).

O núcleo do IPC-DI passou de alta de 0,22% em julho para aumento de 0,19% em agosto. Dos 85 itens componentes do IPC, 36 foram excluídos do cálculo do núcleo. O índice de difusão, que mede a proporção de itens com aumentos de preços, passou de 53,55% em julho para 47,42% em agosto.

Construção

Os materiais de construção ficaram mais baratos, mas a alta nos custos da mão de obra acelerou a inflação da construção no IGP-DI. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-DI) passou de um avanço de 0,10% em julho para uma elevação de 0,17% em agosto.

O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços saiu de um recuo de 0,17% em julho para uma queda de 0,14% em agosto. O custo dos Materiais e Equipamentos passou de uma redução de 0,28% em julho para um recuo de 0,18% em agosto, enquanto os Serviços saíram de alta de 0,85% para aumento de 0,25%.

Já o índice que representa o custo da Mão de Obra passou de uma elevação de 0,50% em julho para uma alta de 0,61% em agosto.