O economista da Fundação Getulio Vargas (FGV) André Braz elevou a estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) de fevereiro, de alta de 0,40% para 0,50%. Em janeiro, o índice teve alta de 0,61%.

A revisão para cima neste mês foi puxada pelo efeito da nova alíquota de ICMS sobre os combustíveis, que passou a valer no último dia 1º, explica Braz.

Na passagem da segunda para a terceira quadrissemana de fevereiro, a gasolina acelerou de 0,84% para 1,70%. O movimento, afirma o economista, frustrou o ritmo de desaceleração do índice como um todo previsto para o mês, e puxou a alta no grupo Transportes no período (0,36% para 0,63%). “O índice tende a subir e deve influenciar o resultado no final de fevereiro”, diz.

O economista ressalta, por outro lado, que os grupos Educação, Leitura e Recreação e Alimentação seguem com trajetória de desaceleração em linha com o esperado. Para Educação, (0,73% para -0,14%) Braz pontua que já é vista a dissipação do efeito do reajuste das mensalidades escolares, que tradicionalmente pressiona o grupo durante o mês de janeiro.

Em relação ao grupo Alimentação (1,38% para 1,18%), o economista aponta que a trajetória de desaceleração segue gradual, mas que este conjunto de preços ainda segue pressionado pelos itens in natura, como batata inglesa e cenoura.

O ritmo de arrefecimento, ainda que menos intenso que o esperado, afirma, deve ser mantido até o fechamento do mês. “O índice projeção para o grupo pode ficar abaixo de 1% ante 1,54% em janeiro”, diz.