O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) caiu 0,5 ponto na passagem de agosto para setembro, para 76,4 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em médias móveis trimestrais, o IAEmp recuou 0,1 ponto.

“O resultado de setembro mantém a trajetória de oscilação do IAEmp nos últimos meses. A trajetória do indicador ao longo do ano é positiva, mas sua retomada vem perdendo força. Mesmo com alguns sinais positivos do ambiente macroeconômico, os efeitos na atividade e, consequentemente, no mercado de trabalho não devem ser tão imediatos. A desaceleração econômica, especialmente em atividades intensivas no fator trabalho contribuem para esse ritmo mais fraco do indicador, que deve permanecer assim até que elas reajam de maneira mais efetiva”, avaliou Rodolpho Tobler, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

O IAEmp sugere expectativa de geração de vagas adiante, quanto maior o patamar, mais satisfatório o resultado. O indicador é formado por uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, todas apuradas pela FGV. O objetivo é antecipar os rumos do mercado de trabalho no País.

Em setembro, cinco dos sete componentes do IAEmp contribuíram negativamente para o resultado. Os piores desempenhos no mês foram dos itens Emprego Previsto da Indústria, com contribuição de -0,3 ponto, e Emprego Local Futuro do Consumidor, com -0,4 ponto.

Na direção oposta, houve contribuição positiva dos componentes Tendência dos Negócios da Indústria, com 0,3 ponto, e Emprego Previsto de Serviços, com 0,3 ponto.