O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) avançou 1,21% na terceira quadrissemana de dezembro, informou nesta quarta-feira, 23, a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado representa desaceleração em relação à segunda leitura do mês, quando o índice havia subido 1,41%. Assim, o índice acumula alta de 5,32% nos últimos 12 meses.

Seis das oito classes de despesa que compõem o IPC-S tiveram decréscimo nas taxas. A maior contribuição para o resultado desta leitura veio do grupo Educação Leitura e Recreação (4,78% para 2,19%), sob influência importante do item passagem aérea, que passou de 28,45% para 9,62%.

Também apresentaram taxas menores que na divulgação da semana passada os grupos Alimentação (1,98% para 1,73%), com destaque para hortaliças e legumes (5,01% para 0,01%), Transportes (0,93% para 0,71%), influenciado por gasolina (1,95% para 1,24%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,11% para 0,09%), com destaque para medicamentos em geral (0,34% para 0,24%), Comunicação (0,12% para 0,10%), puxado por mensalidade para internet (-0,07% para -0,20%) e Despesas Diversas (0,23% para 0,22%), com influência de serviço religioso e funerário (1,78% para 1,58%).

No sentido oposto, houve avanço nas taxas de Habitação (1,65% para 2,28%) e Vestuário (-0,34% para -0,21%). Em Habitação, o destaque foi em tarifa de eletricidade residencial (6,49% para 9,35%), e em Vestuário houve grande influência de calçados (0,27% para 0,58%).

Influências individuais

As principais influências para cima sobre o IPC-S da terceira quadrissemana de dezembro partiram de tarifa de eletricidade residencial, passagem aérea, gasolina, condomínio residencial (1,63% para 2,07%) e curso de ensino superior (1,23% para 2,26%).

Em contrapartida, ajudaram a conter a aceleração do índice tomate (-3,01% para -13,86%), transporte por aplicativo (-1,57% para -2,61%), limão (-27,20% para -19,84%), manga (-11,75% para -9,68%) e protetores para a pele (-1,02% para -1,43%).

Capitais

O IPC-S também perdeu tração em todas as sete capitais pesquisadas na terceira quadrissemana de dezembro pela FGV. Houve decréscimo nas taxas de Salvador (1,84% para 1,24%), Brasília (1,41% para 0,95%), Belo Horizonte (1,78% para 1,47%), Recife (1,67% para 1,62%), Rio de Janeiro (1,36% para 1,25%), Porto Alegre (1,39% para 1,33%) e São Paulo (1,14% para 1,03%).