São Paulo, 22 – A produção agroindustrial recuou 1% em julho ante o mesmo mês do ano passado, dando sequência ao processo de desaquecimento observado desde maio, diz o FGVAgro. No ano, a retração é de 0,6%.

“Por trás dessa perda de dinamismo está a desaceleração pela qual a própria economia brasileira tem passado – aliás, pelo Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), a economia tem registrado contração justamente desde maio, entre outros motivos, devido à política monetária bem restritiva adotada pelo Banco Central para fazer a inflação convergir para a sua meta”, destacou em nota. “Por mais que tenha havido contrações expressivas na moagem de café e na produção de suco de laranja, ainda não é possível atribuí-las ao tarifaço, pois as quedas observadas em julho seguiram o mesmo padrão observado desde maio”, acrescentou.

Nos resultados da agroindústria de julho, os setores que mais apresentaram desaquecimento foram Biocombustíveis (-30,4%), Bebidas (-8,8%) e Alimentos de Origem Vegetal (-0,6%).

Para os pesquisadores, enquanto a perda de dinamismo é quase generalizada entre os setores de Produtos Alimentícios e Bebidas, a contração entre os Produtos Não Alimentícios se deve exclusivamente à forte redução na produção de etanol hidratado, refletindo uma preferência do setor sucroalcooleiro por uma safra mais açucareira.