13/03/2018 - 13:39
A Fibria divulgou fato relevante confirmando que a Paper Excellence, por meio de sua subsidiária CA Investment, fez uma oferta “não solicitada” pela fatia do BNDESPar na empresa. O texto vem em resposta a questionamentos enviados pela B3 sobre matérias veiculadas na imprensa. Na segunda-feira, 12, o Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado) informou que a Paper Excellence teria feito uma proposta avaliando a Fibria em R$ 40 bilhões.
O BNDESPar detém 29,08 da Fibria e a Votorantim, outros 29,42%. Segundo o fato relevante, a manifestação da CA Investment é “condicionada à implementação de diversos eventos futuros, acerca dos quais não é possível prever qualquer conclusão neste momento”.
“Desde então, o BNDESPar vem solicitando uma série de esclarecimentos à CA Investment para compreensão da referida manifestação, a qual é extensível à Votorantim por meio do direito de venda conjunta (tag along) previsto no Acordo de Acionistas celebrado entre BNDESPar e Votorantim, e considera também a consequente necessidade de realização de oferta pública de aquisição da totalidade das ações em circulação da Fibria”, informou a Fibria no documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
“Termos e condições da referida manifestação de interesse permanecem confidenciais”, continuou o texto.
Adicionalmente, Votorantim e BNDESPar informaram que as negociações com a Suzano Papel e Celulose continuam em andamento. “Reiteramos que, não obstante tais negociações, não há garantia de que qualquer negócio venha a se concretizar”, mencionou o fato relevante.
Na segunda-feira, o Broadcast informou que as conversas da Fibria com a Suzano estavam adiantadas, mas a questão de preço ainda precisava ser fechada.
Para a equipe de analistas do JPMorgan, em relatório recente, embora existam diversos obstáculos para que as empresas encontrem os termos ideais de um acordo, uma resolução deve ser anunciada o mais breve possível, considerando que o acordo de acionistas (BNDES/Votorantim) expira em 19 de outubro. Lucas Ferreira, Rodolfo Angele e Caio Ribeiro, do JPMorgan, calculam que a combinação das duas empresas tem um potencial de sinergias (sendo conservador) entre R$ 7 bilhões e R$ 12 bilhões.