25/11/2024 - 18:56
Segundo levantamento da Ouro Preto Investimentos, o mercado de fundos de investimento em direitos creditórios, os FIDCs, deve chegar a um patrimônio líquido de R$ 2,1 trilhões até o ano de 2029 e já somam mais de R$ 550 bilhões sob gestão.
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Os dados da gestora de recursos mostram que o patrimônio dos FIDCs, que era de R$ 390 bilhões, em julho de 2023, saltou para R$ 541 bilhões em julho de 2024, representando um aumento de 38,7% em um ano.
“Esse crescimento supera a média de 14,8% registrado pela indústria de fundos no mesmo período, destacando a competitividade dos FIDCs como alternativa ao crédito bancário tradicional”, explica João Peixoto Neto, CEO da Ouro Preto Investimentos.
Os FIDCs são investimentos em renda fixa, com rendimento atrelado a uma taxa previamente acordada. O fundo investe em direitos creditórios que são cheques, parcelas do cartão de crédito, alugueis, duplicatas e outros créditos que empresas têm o direito de receber de clientes. Em suma, são dívidas convertidas em títulos, repassados a terceiros, por meio de securitização.
O gestor aponta que o avanço reflete uma mudança significativa no mercado de crédito, com uma busca crescente por soluções mais flexíveis principalmente entre pequenas e médias empresas.
A gestora ainda aponta que atualmente os recebíveis comerciais representam uma parcela que a casa considera expressiva dentro das carteiras de crédito dos bancos, totalizando R$ 1,2 trilhão de um total de R$ 5,5 trilhões.
Expectativa é de que FIDCs cheguem a metade do volume bancário
A visão da Ouro Preto Investimentos é de que, nos próximos cinco anos, a participação dos fundos no volume total de crédito aumentará para metade do volume bancário.
Isso, considerando que o sistema de securitização de crédito utilizado por esses fundos transforma recebíveis comerciais em ativos negociáveis - o que figura como vantagem em comparação ao modelo bancário.
“A estrutura dos FIDCs permite uma maior agilidade e segurança na identificação de possíveis problemas financeiros nas empresas, contribuindo para a saúde e a transparência dos fundos”, aponta.