Uma comitiva da Fidelity, gestora e empresa de serviços financeiros dos EUA, desembarcou no Brasil na semana passada. Mas, ao contrário de muitos turistas, o motivo da vinda não foi a Copa. A agenda dos diretores do megafundo, que tem US$ 1,9 trilhão de ativos sob gestão, estava tomada de compromissos, entre eles reuniões com diretores do BTG Pactual e do Daycoval. “Eles fizeram perguntas sobre a nossa carteira de veículos, o crescimento do País e sobre os nossos números”, afirma Ricardo Gelbaum, diretor de relações com investidores do Daycoval. “O interesse deles é comprar ações, e não bônus”, afirma. Gelbaum refere-se à emissão realizada em março, que levantou US$ 500 milhões em bônus com vencimento em março de 2019, a uma taxa de 5,875% ao ano. Participaram dessa captação no Exterior investidores como Pimco e BlackRock.

Palavra do analista: Para analistas da XP Investimentos, o resultado do primeiro trimestre do Daycoval apresentou certa resiliência, mesmo com um ambiente de negócios mais concorrido. O saldo da carteira de crédito ampliada alcançou R$ 10,7 bilhões, alta de 24,8% em relação ao mesmo período de 2013. O segmento de empresas cresceu 14% e o de consignado, 54%.

Banco

Santander troca as ações

Em assembleia realizada na segunda-feira 9, os acionistas minoritários do Santander Brasil decidiram pela contratação da empresa de assessoria financeira francesa Rothschild para preparar o laudo de avaliação da oferta de troca de ações da unidade brasileira pelos papéis do grupo. Na assembleia também foi aprovada a saída do Santander do Nível 2 da BM&FBovespa. As medidas fazem parte da operação anunciada pelo Grupo Santander em abril. Na ocasião, a instituição anunciou que possui a intenção de comprar 25% do capital do Santander Brasil. No ano, os papéis sobem 29,4%.

Construção

Brookfield antecipa saída

O controlador da Brookfield Brasil Participações aprovou, na sexta-feira 6, a proposta de antecipar o aumento de capital avaliado em R$ 500 milhões. Em fevereiro, a empresa anunciou uma oferta para fechar capital. No ano, os papéis sobem 29,6%.


Ações

BB faz recompra milionária

O Banco do Brasil, comandado por Aldemir Bendine, aprovou na sexta-feira 6 um novo programa de recompra de ações, referente a 3,5% de seus papéis em circulação, num total de até 50 milhões de ações. A saída de Paulo Rogério Caffarelli do conselho de administração também foi anunciada na ocasião. Caffarelli assumiu o cargo de secretário-executivo do Ministério da Fazenda em fevereiro.


Petróleo

Lupatech perto da recuperação judicial

O plano de recuperação extrajudicial da Lupatech, empresa do setor de óleo e gás, foi homologado pela 2ª vara judicial da Comarca de Nova Odessa, em São Paulo, onde está a sede da companhia. O processo representa mais um avanço da recuperação judicial, apresentada em fevereiro. Segundo o plano, os credores da empresa deverão receber US$ 298 milhões, sendo que 85% virão de ADRs e o restante permanecerá como dívida.

Fertilizantes

Capital marroquino na Heringer

A fabricante de fertilizantes capixaba Heringer comunicou à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), na quarta-feira 11, que a marroquina OCP International Cooperative elevou a participação no seu capital para 10,5%. Em junho, as duas empresas haviam assinado um contrato em que a OCP firmava o compromisso de subscrever entre 5,3 milhões e 5,6 milhões de novas ações ordinárias ao preço de R$ 27. A operação de aumento de capital foi assessorada pelos bancos Itaú BBA e Rabobank.

Touro x Urso

O principal índice da Bovespa deve encontrar o seu ponto de equilíbrio ao redor dos 55 mil pontos na próxima semana, segundo Adriano Moreno, estrategista da Futura Invest. Mas a divulgação de novas pesquisas eleitorais pode provocar oscilações acentuadas.


Papéis avulsos

BRF e Minerva na mira do cade

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) propôs a impugnação de ato de concentração envolvendo o Minerva e a BRF. De acordo com o órgão regulador, a transferência de plantas de abate bovino ao Minerva permite uma concentração relevante em alguns mercados de alimentos processados. O órgão recomendou que as empresas tomem medidas para sanar os efeitos anticompetitivos. O acordo foi fechado no fim do ano passado, quando a BRF anunciou um acordo para transferir sua operação de bovinos para o Minerva em troca de participação acionária. A empresa, que tem Abílio Diniz na presidência do Conselho, poderia deter até 29 milhões de ações do frigorífico.

Mercado em números

Fibria
R$ 860 milhões –
É o valor que a Receita Federal autorizou como crédito para que a empresa compense pagamentos de tributos federais.

Suzano
R$ 529 milhões –
É o valor pago pela totalidade das cotas do Vale Florestar Fundo de Investimento em Participações, que possui 45 mil hectares de florestas de eucalipto no Paraná.

Autometal
R$ 250 milhões –
É o valor que a empresa, prestes a fechar capital, pretende resgatar do total de debêntures de sua primeira emissão, aprovada em dezembro de 2011.

Bematech
R$ 50 milhões –
É o total que a empresa vai emitir em debêntures, conforme decisão do conselho anunciada na sexta-feira 6. A operação terá prazo de vencimento de cinco anos.

Ecorodovias
2,4 milhões –
É o número máximo de ações ordinárias que podem ser recompradas pela companhia, que terá a corretora do Itaú como intermediária da operação.


Colaboraram: Natália Flach e Luiz Gustavo Pacete