26/09/2024 - 7:00
A Associação Paulista dos Supermercados (APAS), em parceria com a Fipe, divulgou o Índice de Preços dos Supermercados (IPS) do mês de agosto. O indicador geral registrou deflação de 0,43% nos preços.
Na categoria de carnes bovinas, o fígado e a picanha foram os cortes que mais tiveram redução de preço nos últimos 12 meses: -15,15% e -9,55% respectivamente.
Levando em conta somente 2024, a fraldinha lidera a queda, com -9,02%. A picanha fica na segunda colocação, com -8,73% e o filé mignon completa o pódio com -6,52%.
No recorte específico do mês de agosto, a carne bovina apresentou uma inflação de 1,13%. A Apas acredita que o motivo da alta é que a desvalorização cambial do real frente ao dólar favoreceu uma maior exportação de carne para a China.
Índice segue apresentando tendência deflacionária
O IPS manteve a tendência deflacionária em agosto. O indicador registrou queda de 0,43%, contra -0,75% no mês anterior. No acumulado de 12 meses, o índice aponta inflação de 3,58%, enquanto no acumulado do ano o índice aponta taxa de inflação de 2,01%.
O resultado do indicador no mês foi impulsionado principalmente pela queda nos preços dos produtos in natura, que apresentaram redução de 5,34% em agosto. Outras categorias também contribuíram para essa deflação, com destaque para Alimentação e Bebidas (-0,56%), Semielaborados (-0,27%) e artigos de higiene e beleza (-0,23%). Apenas as categorias de alimentos industrializados e artigos de higiene e beleza computaram alta no mês, 0,49 e 0,62%, respectivamente.
Frutas e verduras vão na contramão e apresentam alta de preço
Apesar da categoria dos alimentos in natura apresentar queda de 5,34% no mês, as frutas foram na contramão e registraram um aumento médio de 3,86% no período.
As frutas que puxaram os números para cima foram o mamão (30,35%), o limão (8,87%) e a laranja (7,14%).
A subcategoria de verduras também apresentou inflação de 3,21% no mês de agosto, com destaque para a alface, que registrou uma taxa de inflação de 7,29%, contrastando com a desaceleração de -9,25% observada no mês anterior.