A fintech inglesa Revolut chegou a 45 milhões de clientes no mundo em junho, acima dos 38 milhões que fechou 2023, mostra balanço divulgado nesta terça-feira, 2. O banco digital, que começou a operar no Brasil no começo do ano passado, não revela números do mercado local, mas afirma passar por um momento “bastante positivo” no mercado brasileiro e quer dar “passos mais largos”.

“Estamos entusiasmados ao ver a adoção de nossos produtos no Brasil e a enorme oportunidade que ainda existe para nós no mercado”, afirma o CEO da Revolut no Brasil, Glauber Mota, em nota à imprensa. No ano passado, o Revolut recebeu autorização do Banco Central para ser uma Sociedade de Crédito Direto, ficando assim regulada no mercado brasileiro. “Estamos preparados para darmos passos mais largos”, completa o executivo.

A fintech teve um receita de US$ 2,2 bilhões em 2023, crescimento anual de 95%, enquanto o lucro antes dos impostos chegaram a US$ 545 milhões. No ano passado, o banco digital adicionou 12 milhões de novos clientes e teve aumento de 38% nos depósitos, para US$ 23 bilhões.

Além dos mercados europeus, o Revolut afirma ver “grande potencial” em novos mercados, como nos Estados Unidos, Austrália, Cingapura, Japão, Nova Zelândia e Brasil. O mercado brasileiro foi o primeiro do grupo na América do Sul. Com isso, a fintech chegou a 38 países.

O Revolut prepara lançamento de operações na Índia e México, este último mercado aliás disputado pelo Nubank, o maior concorrente do Revolut na região, onde é bem maior. O Nubank chegou recentemente a 100 milhões de clientes nos países que opera – Brasil, México e Estados Unidos.

Assim como no Nubank, o marketing ‘boca a boca’ tem funcionado no Revolut: “70% dos nossos clientes chegaram até nós de forma orgânica ou foram indicados por alguém que eles conhecem”, ressalta o banco inglês em seu balanço. Em pequenas empresas, foram adicionadas 20 mil clientes. Ao todo, os clientes fizeram US$ 870 bilhões em transações em 2023, aumento de 58%.