A aprovação do Marco Legal do Hidrogênio (H2) na quinta-feira, 11, cria um ambiente de segurança jurídica propício à atração de investimentos e realização de novos projetos industriais, afirma a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). Somente no Rio de Janeiro, o novo combustível tem um potencial de investimentos na produção e uso que ultrapassa os R$ 40 bilhões, avalia a entidade.

Segundo a Firjan, estabelecer regras claras e mecanismos que estimulem o uso do hidrogênio é fundamental para o desenvolvimento de toda sua cadeia de valor, da produção ao consumo final.

“A nova lei permitirá o direcionamento dos projetos de H2, ao estabelecer os limites para ser considerado de baixa emissão de carbono, seja ele usado como fonte de energia – como combustível -, ou como insumo industrial”, disse a Firjan em nota.

“Para o Rio de Janeiro, esse é um passo importante, uma vez que abrange a produção a partir do gás natural, da energia nuclear e de fontes renováveis, já que o Estado possui todos os tipos de energia em sua matriz, com potencial para ampliar ainda mais a geração de energia, como é o caso das eólicas offshore”, avaliou.

A entidade observa porém, que apesar de o valor do H2 estar fixado em lei, é preciso aprofundar a análise da quantidade de quilogramas de dióxido de carbono equivalente por quilograma de hidrogênio, medida que contempla a análise do ciclo de vida no que diz respeito às emissões de gases de efeito estufa.

“É fundamental que o regulamento contemple um cronograma com início e fim para as subvenções. Além disso, para a Firjan, é importante que os subsídios não sejam criados de forma cruzada, evitando assim penalizar os consumidores de energia e assegurando, assim, uma transição energética justa para o País”, concluiu.