O Flamengo cedeu aos pedidos do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TER-RJ) e se comprometeu a adiar a festa caso vença a final da Copa Libertadores para não atrapalhar o processo eleitoral.

Os festejos deveriam acontecer no desembarque do time carioca no domingo (30), dia do segundo turno das eleições no Brasil. A decisão da competição continental, contra o Athletico-PR, às 17h, em Guayaquil, no Equador, está marcada para este sábado (29), um dia antes da votação.

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Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, assinou um ofício em garante que os flamenguistas, em caso de triunfo, não farão desfiles, exibição pública da taça nem uso de carros de som ou de trios elétricos no domingo. Nada que possa gerar aglomeração ou tumulto.

Na última vez em que a equipe carioca sagrou-se campeã do tornei, em 2019, na final contra o argentino River Plate, por 2 a 1, em Lima, no Peru, uma festa de grandes proporções invadiu as ruas do Centro do Rio. Houve desfile de jogadores em carro de som aberto na Avenida Presidente Vargas, em um cortejo que interditou diversas vias.

O Flamengo ainda firmou compromisso de desencorajar os torcedores a realizarem qualquer tipo de recepção ao elenco depois da disputa do título. A intenção do clube é evitar qualquer embaraço ao processo eleitoral e ao exercício do direito ao voto.

Devido ao risco de aglomeração, o TRE-RJ havia classificado o cenário atual como de extrema gravidade e pediu a colaboração do clube para evitar transtornos.

A sede do Flamengo, a Gávea, estará sendo utilizada no domingo pela Justiça Eleitoral. No local, votam mais de 2.000 eleitores. Como têm as mesmas cores, ficou estabelecido que, para a final, o Flamengo atuará com o tradicional vermelho e preto, com listras horizontais, e calção branco, enquanto o Athletico-PR jogará com sua camisa branca e calção preto.