25/09/2025 - 10:01
O Brasil tem 9,9 milhões de hectares em florestas plantadas (silvicultura). É como se todo o Estado de Pernambuco estivesse coberto com eucalipto e pinus, destinados à produção de madeira para celulose, móveis, lenha e carvão vegetal.
O número faz parte da mais recente pesquisa Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS 2024), realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), e representa um novo recorde para o Brasil. Os 9,9 milhões de hectares representam um incremento de 217,8 mil hectares (+2,2%) em relação a 2023.
E toda essa produção tem um valor na casa dos bilhões. O valor nominal da silvicultura atingiu R$ 37,2 bilhões, o que representa um crescimento de 17,4% em relação ao ano anterior. Esse movimento confirma a tendência de expansão acentuada. Em 2013, o setor já havia crescido 13,7% em comparação ao ano anterior.
Principais usos das florestas plantadas
Todos os produtos do setor madeireiro apresentaram expansão em 2024. O principal destino das florestas plantas foi a produção de toras para fabricação de papel e celulose. Na segunda posição aparece toras para outras finalidades, como móveis. Fechando o pódio entra a fabricação de carvão vegetal.
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Maiores em floresta plantada
Minas Gerais é o Estado com a maior área coberta com florestas plantadas do País. São 2,2 milhões de hectares, o que representou um crescimento de 3,6% em relação ao ano anterior. Em segundo lugar aparece Mato Grosso do Sul com 1,5 milhão de hectares (+6,8%), seguido de perto por São Paulo (-0,7%) e Paraná (+1,6%), com 1,2 milhão de hectares cada.
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Extração vegetal
A pesquisa do IBGE apresentou dados relativos à extração vegetal no Brasil. A extração vegetal apresentou aumento no valor gerado em 2019 (6,8%), 2020 (5,8%) e 2021 (31,6%), porém, em 2022, registrou redução de 0,3%, ao passo que, em 2023, cresceu 0,3% e, em 2024, subiu 13%, ultrapassando R$ 7 bilhões.
Enquanto os produtos madeireiros respondem pela quase totalidade do valor da produção da silvicultura (98,3%), na extração vegetal esse grupo representa 65,6%, seguido pelos produtos alimentícios (28,6%), ceras (3,4%), oleaginosos (1,7%) e outros (0,8%). Entre os produtos extrativos não madeireiros, o açaí, com R$ 1 bilhão, e a erva-mate, com R$ 522,8 milhões, são os que mais geram valor de produção a preços correntes.