O fluxo total de veículos em estradas com pedágio no Brasil caiu 1,1% em março ante fevereiro, na série com ajuste sazonal, informaram a Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) e a Tendências Consultoria Integrada. Ante março de 2024, o indicador avançou 2,4%.

Nos últimos 12 meses, houve aumento de 2,8%. Na comparação entre os períodos de janeiro a março de 2025 com igual intervalo de 2024, o crescimento foi de 2,0%.

Nas aberturas, o fluxo de veículos leves caiu 2,2% em março ante fevereiro, mas cresceu 2,2% ante março de 2024. Houve aumento de 2,3% nos últimos 12 meses até março e de 1,7% na comparação do primeiro trimestre de 2025 com igual período de 2024.

“Os dados reforçam a dinâmica errática do segmento no início de 2025, ainda que os níveis se mantenham aquecidos. Entre os vetores positivos, destacam-se as condições aquecidas do mercado de trabalho, com efeitos positivos sobre o consumo das famílias – embora já se percebam sinais de perda de fôlego”, afirmaram os analistas da Tendências Consultoria Thiago Xavier e Davi Gonçalves.

Eles ponderam que, pelo lado negativo, pesam as condições restritivas de crédito e as pressões inflacionárias.

Já o fluxo de veículos pesados teve alta leve (0,2%) ante fevereiro, mas aumento forte (2,9%) em relação a março de 2024. Houve salto de 4,3% nos últimos 12 meses até março e de 3,0% na comparação do primeiro trimestre de 2025 com igual período de 2024.

Segundo Xavier e Gonçalves, os números reforçar um cenário de menor ritmo de expansão da demanda de transporte de carga, em linha com o enfraquecimento observado nos segmentos de varejo e, principalmente, na indústria. “Em contrapartida, a expansão da produção agrícola contribui positivamente, diante dos resultados da colheita de grãos – como soja e milho -, e deve movimentar de forma mais substancial o transporte de carga nos próximos meses”, disseram.