10/12/2021 - 10:00
Por Steven Scheer
JERUSALÉM (Reuters) – Israel liderou nesta quinta-feira uma simulação com 10 países de um grande ataque cibernético ao sistema financeiro global. A medida é uma tentativa de aumentar a cooperação entre as nações, o que poderia ajudar a minimizar danos potenciais aos mercados financeiros e bancos em caso de ocorrências similares.
A simulação evoluiu ao longo de 10 dias, com dados confidenciais surgindo na ‘Dark Web’. A simulação também usou notícias falsas que no cenário criado causaram caos nos mercados globais e uma corrida aos bancos para retirada de dinheiro.
O teste apresentou vários tipos de ataques, com efeitos nos mercados de câmbio e de títulos de renda fixa, na liquidez, na integridade dos dados e nas transações entre importadores e exportadores.
Funcionários do governo israelense disseram que as ameaças são possíveis, diante da ocorrência de ataques cibernéticos de alto nível contra grandes empresas, e que a única maneira de conter qualquer dano é por meio da cooperação global, uma vez que a segurança cibernética atual nem sempre é forte o bastante.
Participaram da iniciativa, denominada “Força Coletiva”, funcionários do Tesouro de Israel, dos Estados Unidos, do Reino Unido, dos Emirados Árabes Unidos, da Áustria, da Suíça, da Alemanha, da Itália, da Holanda e da Tailândia, além de representantes do Fundo Monetário Internacional, do Banco Mundial e do Banco de Compensações Internacionais, o BIS.
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Os participantes discutiram políticas multilaterais para responder à crise, incluindo um feriado bancário coordenado, períodos de carência para o pagamento de dívidas, acordos de swap/repo e desvinculação coordenada das principais moedas.
Rahav Shalom-Revivo, chefe de assuntos cibernéticos financeiros de Israel, disse que a colaboração internacional entre ministérios de finanças e as organizações internacionais “é a chave para a resiliência do ecossistema financeiro”.
A simulação, originalmente prevista para acontecer na Dubai Expo, foi transferida para Jerusalém devido à variante Ômicron do coronavírus, com oficiais participando por videoconferência.
(Reportagem de Steven Scheer)