O Fundo Monetário Internacional (FMI) deixou inalterada a previsão para o desempenho da economia global este ano e passou a esperar expansão marginalmente mais alta em 2025. Os números aparecem na atualização de julho do relatório Perspectiva Econômica Mundial (WEO, na sigla em inglês), divulgada nesta terça-feira, 16.

Segundo o documento, o FMI manteve em 3,2% a projeção para o avanço do Produto Interno Bruto (PIB) mundial em 2024. Para o ano que vem, o organismo com sede em Washington D.C espera crescimento de 3,3%, ligeiramente acima da elevação de 3,2% que havia sido estimada em abril.

A instituição explica que a atividade evolui de maneira divergente entre os países. Em muitas economias, houve surpresas, mas os dados do primeiro trimestre decepcionaram notadamente no Japão e nos Estados Unidos, de acordo com a análise. Por outro lado, Europa e China tiveram sinais positivos no período, segundo o FMI.

Estimativas para o Brasil

O FMI já havia reduzido na semana passada, a 2,1%, a estimativa de crescimento do Brasil, 0,1 ponto percentual a menos do que o calculado em abril, citando as enchentes no Rio Grande do Sul, uma política monetária ainda restritiva, o déficit fiscal mais baixo e a normalização da produção agrícola.

Para 2025, o FMI prevê agora expansão de 2,4% do PIB, 0,3 ponto percentual a mais do que o calculado em abril.

“O crescimento foi revisado para cima em 2025 para o Brasil para refletir a reconstrução após as enchentes e fatores estruturais positivos (por exemplo, aceleração da produção de hidrocarbonetos)”, explicou o FMI no relatório.

Mercados emergentes e China

O FMI elevou sua projeção de crescimento para os mercados emergentes em 2024 e 2025 em 10 pontos-base por ano em comparação com sua previsão de abril, e agora espera que os países cresçam, em média, 4,3% ao ano até o fim de 2025. As projeções atualizadas estão no relatório Perspectiva Econômica Mundial.

O FMI também espera que o PIB da China cresça além do esperado no relatório de abril, com alta de 40 pontos-base para esse ano e ano que vem – agora, a instituição prevê alta de 5% no PIB neste ano e 4,5% em 2025. A alta no crescimento é motivada por um consumo interno fortalecido e por alta de exportações acima do esperado na segunda maior economia do mundo.