As moedas digitais de bancos centrais (CBDC) podem promover a inclusão financeira e reduzir os custos de operações transfronteiriças entre países do Oriente Médio e da Ásia Central, principalmente entre exportadores, afirma o Fundo Monetário Internacional em artigo publicado nesta terça-feira, 18.

Segundo o FMI, atualmente há 19 países estudando a instalação de uma CBDC nesta região, com a maior parte deles ainda na etapa de pesquisa, e é importante que as nações tenham a consciência de que a adoção será diferente em cada uma delas, respeitando seu “próprio conjunto de circunstâncias”.

O Fundo destaca que CBDCs ampliam a eficiência de pagamentos transfronteiriços, além de torná-los mais acessíveis. Para países que realizam tantas operações para venda de commodities, como petróleo, a CBDC assume um papel fundamental. “Esta parece ser uma prioridade para os exportadores e países do Conselho de Cooperação do Golfo, como o Bahrein, o Kuwait, Omã, o Qatar, a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos”, escreve.

Mesmo assim, a criação de uma moeda digital de banco central sem que haja preocupação com as peculiaridades de cada país pode diminuir a eficiência, o impulsionamento de produtividade e a democratização do acesso a serviços financeiros. Por isso, o FMI destaca que conceber CBDCs para funcionarem em locais sem acesso à internet poderia promover a inclusão financeira em áreas com serviços móveis irregulares, como em regiões afetadas por conflitos geopolíticos.