24/03/2025 - 8:42
A mediana do relatório Focus para o IPCA de 2025 caiu pela segunda semana seguida, de 5,66% para 5,65%. Agora, está 1,15 ponto porcentual acima do teto da meta, de 4,50%. Um mês antes, também estava em 5,65%. Considerando só as 98 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana passou de 5,68% para 5,66%. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 24.
A projeção para o IPCA de 2026 subiu de 4,48% para 4,50%, já colada ao teto da meta. Um mês antes, estava em 4,40%. Considerando apenas as 94 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, permaneceu em 4,50%.
Na última quarta-feira, 19, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) aumentou a taxa Selic em 1 ponto porcentual, de 13,25% para 14,25%, e informou antever uma nova alta de menor magnitude na próxima reunião, de maio. O colegiado afirmou que o cenário para a convergência da inflação à meta continua “adverso.”
Considerando a menor alta possível, de 0,25 ponto, o BC elevaria os juros a 14,50% – já o maior nível desde agosto de 2006, durante o primeiro governo Lula, quando o Copom reduziu a taxa Selic de 14,75% para 14,25%.
A partir de 2025, a meta passa a ser contínua, com base na inflação acumulada em 12 meses. O centro é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos. Se o IPCA ficar fora desse intervalo por seis meses consecutivos, considera-se que o Banco Central perdeu o alvo.
O horizonte relevante do BC é o terceiro trimestre de 2026, quando o Copom espera uma inflação de 3,9%. A projeção para o IPCA de 2025 é de 5,1%. O balanço de riscos do comitê está assimétrico para cima.
A mediana do Focus para a inflação de 2027 permaneceu em 4,0% pela quinta semana consecutiva. A projeção para o IPCA de 2028 se estabilizou em 3,78%. Um mês antes, era de 3,79%.