O mercado financeiro reduziu suas expectativas para a inflação e cotação do dólar ao fim de 2025, ao passo que passou a enxergar uma alta maior do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano, de acordo com a pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira, 23.

O levantamento, que capta semanalmente a percepção de uma centena de analistas do mercado financeiro, aponta que a previsão para o IPCA ao fim deste ano passou para 5,24%, ligeiramente abaixo da projeção de ganho de 5,25% na pesquisa anterior, no que foi a 4ª semana consecutiva de redução da expectativa. Para 2026, a projeção para a inflação brasileira segue em 4,50%, mesmo patamar da semana anterior.

Dólar

Para o câmbio, a expectativa para o preço do dólar no final de 2025 caiu a R$5,72, de R$5,77 anteriormente, enquanto que para o fim de 2026 a projeção de cotação segue em R$ 5,80. Quatro semanas atrás, era de R$ 5,90.

A divisa norte-americana acumula queda ante o real de 10,55% neste ano, após sua disparada no fim do ano passado.

A projeção anual de câmbio publicada no Focus é calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no valor projetado para o último dia útil de cada ano, como era até 2020.

PIB e Selic

Em relação ao crescimento da economia brasileira, a previsão é de que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro tenha expansão de 2,21% neste ano, um pouco acima dos 2,20% projetados na semana anterior. Em 2026, a expectativa de crescimento subiu para 1,85%, ante 1,83% há uma semana.

Já para a taxa básica de juros, o Focus mostrou que a mediana das projeções para a Selic em 2025 agora está nos atuais 15,00%, de 14,75% anteriormente, enquanto para 2026 a previsão ainda é de que a taxa atingirá 12,50%, na 21ª semana consecutiva que a expectativa se mantém nesse nível.

O Comitê de Política Monetária do BC (Copom) decidiu na quarta-feira aumentar a Selic em 0,25 ponto, a 15,00% ao ano, em movimento diferente da então projeção do Focus de manutenção dos juros, indicando ainda que pode interromper o ciclo de altas já na próxima reunião, mas que não hesitará em elevar os juros novamente caso julgue necessário.

*Com informações da Reuters