14/09/2020 - 9:19
Os economistas do mercado financeiro voltaram a reduzir suas projeções para o ritmo de retração do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020. Conforme o Relatório de Mercado Focus divulgado nesta segunda-feira, 14, a expectativa para a economia este ano passou de retração 5,31% para queda de 5,11%. Há quatro semanas, a estimativa era de baixa de 5,52%.
Para 2021, o mercado financeiro manteve a previsão do PIB em alta de 3,50%. Quatro semanas atrás, o número estava no mesmo patamar.
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No Focus agora divulgado, a projeção para a produção industrial de 2020 foi de baixa de 6,38% para queda de 6,90%. Há um mês, estava em baixa de 7,68%. No caso de 2021, a estimativa de crescimento da produção industrial passou de 5,33% para 5,50%, ante 5,42% de quatro semanas antes.
A pesquisa Focus mostrou ainda que a projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2020 passou de 67,00% para 67,50%. Há um mês, estava em 67,25%. Para 2021, a expectativa foi de 69,83% para 69,95%, ante 69,65% de um mês atrás.
Déficit primário
O Relatório de Mercado Focus trouxe, ainda, alteração na projeção para o resultado primário do governo em 2020. A relação entre o déficit primário e o PIB este ano foi de 11,70% para 12,00%. No caso de 2021, foi de 2,60% para 2,80%. Há um mês, os porcentuais estavam em 11,73% e 2,80%, respectivamente.
Já a relação entre déficit nominal e PIB em 2020 passou de 15,00% para 15,30%, conforme as projeções dos economistas do mercado financeiro. Para 2021, passou de 6,25% para 6,50%. Há quatro semanas, estas relações estavam em 15,00% e 6,35%, nesta ordem.
O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após as despesas com juros.
Os avanços nas projeções nos últimos meses refletem a expectativa de que, com o aumento das despesas do governo durante a pandemia do novo coronavírus, o País terá um cenário fiscal ainda mais difícil.
Balança comercial
Os economistas do mercado financeiro alteraram a projeção para a balança comercial em 2020 na pesquisa Focus, de superávit comercial de US$ 55,00 bilhões para US$ 55,15 bilhões. Um mês atrás, a previsão era de US$ 55,00 bilhões. Para 2021, a estimativa de superávit foi de US$ 53,35 bilhões para US$ 53,40 bilhões. Há um mês, estava em US$ 52,75 bilhões.
No caso da conta corrente do balanço de pagamentos, a previsão contida no Focus para 2020 foi de déficit de US$ 8,10 bilhões para US$ 7,50 bilhões, ante US$ 7,75 bilhões de um mês antes. Para 2021, a projeção de rombo passou de US$ 15,60 bilhões para US$ 15,10 bilhões. Um mês atrás, o rombo projetado era de US$ 15,60 bilhões.
Para os analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será suficiente para cobrir o resultado deficitário nestes anos. A mediana das previsões para o IDP em 2020 seguiu em US$ 55,00 bilhões. Há um mês, estava em US$ 51,25 bilhões. Para 2021, a expectativa foi de US$ 65,48 bilhões para US$ 66,48 bilhões, ante US$ 65,96 bilhões de um mês antes.