Papéis avulsos

 

A construtora PDG Realty fez sua festa de fim de ano no início de 2012. Na terça-feira 3, anunciou as prévias do quarto trimestre e comemorou ter atingido a meta de vendas para o ano passado. Os lançamentos de 2011 somaram R$ 9,01 bilhões, crescimento de 29% em relação a 2010. A meta para o ano era de R$ 10 bilhões. As vendas contratadas subiram 16% na comparação anual. Por fim, o indicador Velocidade sobre Oferta (VSO) totalizou 26,5% no trimestre, ficando 3,1 pontos percentuais abaixo do quarto trimestre de 2010. O mercado gostou dos números. A ação fechou a R$ 6,35, com alta de 1,92% no dia da divulgação, mas chegou a subir 4,8% durante o pregão. Leonardo Zanfelicio, da corretora  Concórdia, considerou a divulgação da PDG positiva porque “a companhia conseguiu evoluir nas vendas e cumprir suas metas, mesmo com o cenário de acomodação da economia”. O dado negativo foi a redução do VSO. “Apesar disso, a PDG segue com um dos melhores indicadores do setor.” O Banco Fator recomenda a compra das ações e trabalha com preço-alvo de R$ 9,50 para dezembro. 

 

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Educação financeira

 

Consciente que o Brasil é um dos mercados emergentes com maior potencial de crescimento, o advogado David Roberto Soares da Silva lançou o Brazil Tax Guide for Foreigners, ou Guia Tributário do Brasil para Estrangeiros (em tradução livre). O objetivo do livro, escrito em inglês, é orientar o leitor em meio ao denso cipoal dos impostos do País. Com 350 páginas, a obra começa explicando a hierarquia das normas e chega às abreviações mais comuns utilizadas para os impostos brasileiros, como IRPJ, IPTU e ICMS. Editora Eskalab. Preço R$ 134.

 

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Touro x Urso

 

Depois de uma breve recuperação nos últimos dias de 2011, o Índice Bovespa começou o ano com forte volatilidade. A alta de mais de 5% nos primeiros pregões não se sustentou durante a semana e, na quinta-feira 5, o pregão fechou em baixa de 1,3%, com os investidores temerosos com os resultados dos leilões de títulos soberanos dos países europeus. França e Hungria foram bem-sucedidas em vender seus papéis no mercado, mas pagaram juros acima do previsto.

 

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Mineração


Vale vai emitir bônus no Exterior

 

A Vale vai emitir, por meio da sua subsidiária Vale Overseas, bônus com vencimento em 2022. O montante envolvido na operação não foi informado. Segundo comunicado da empresa, os recursos obtidos com a oferta serão utilizados “para propósitos corporativos em geral”. O prospecto preliminar será protocolado na SEC, órgão regulador das bolsas americanas. Os bônus contarão com garantia da Vale e o lançamento terá participação dos bancos Citigroup, HSBC, J.P. Morgan, BB Securities e Bradesco BBI. A agência de classificação de risco Moody’s atribuiu rating “Baa2” para a emissão, com perspectiva estável. 

 

 

 

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Quem vem lá


SulAmérica está atrás de recursos

 

O conselho de administração da seguradora SulAmérica, presidido por Patrick de Larragoiti Lucas, aprovou uma emissão de debêntures não conversíveis em ações, no valor de R$ 500 milhões. O prazo de vencimento será de cinco anos. Segundo o fato relevante divulgado pela empresa, os recursos serão utilizados para expansão de operações e para reforçar o caixa após pagar dívidas.

 

Fique de Olho:  O valor da remuneração não está definido. Apenas foi divulgado que será correspondente a 100% da variação dos Certificados de Depósitos Interfinanceiros (CDIs), mais sobretaxa, limitada a 1,35% ao ano.

 

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Destaque no pregão


Tarpon aumenta fatia na Gerdau

 

A Tarpon Investimentos aumentou sua participação no capital da Metalúrgica Gerdau de 6,8% para 10,2% das ações preferenciais. Com 10% dos papéis, a Tarpon pode eleger um integrante do conselho de administração e convocar uma assembleia sempre que divergir da administração.

 

Palavra de analista: 

Leonardo Correa e Luiz Fornari, analistas do Barclay’s, afirmam que a operação é positiva. O banco trabalha com preço-alvo de R$ 17, potencial de 12%. “Vemos um ambiente global favorável no mercado de aço que deve se refletir no preço das ações.”

 

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Mercado em números


BM&FBovespa 


R$ 1,35 bilhão - Foi quanto os investidores estrangeiros resgataram da BM&FBovespa em 2011. 

 

 

Positivo 


R$ 60 milhões – É quanto a empresa de informática Positivo vai contratar em linhas de crédito para capital 

de giro no primeiro trimestre. 

 

 

Fibam 


R$ 1,8 milhão – É o valor pago pela empresa de autopeças Fibam a seus acionistas na quarta-feira 4 em juros sobre o capital próprio.

 

 

Bradesco  


15 milhões – É a quantidade de ações que serão recompradas pelo Bradesco, com a intenção de cancelá-las no futuro, sem redução no capital social. 

 

 

Banco do Brasil


14 mil - Pedidos de abertura de conta foram feitos ao Banco Postal, na segunda-feira 2, primeiro dia de gestão do Banco do Brasil. 

 

 

HRT 


250 mil m3 - É o potencial de produção de gás natural que a HRT encontrou em seus testes na Bacia do Solimões, no Amazonas. 

 

 

  

 

Pelo mundo


Mercado global de IPOs encolhe 40%  

 

Apesar de movimentar US$ 163,8 bilhões em 2011, o mercado global de ofertas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês) encolheu 40%, segundo a Thomson Reuters. O país que mais fez IPOs foi os EUA, com 27%. 

 

 

 

3M quer mais produtos de escritório  

 

A 3M comprou cinco unidades de produtos de escritório da americana Avery Dennison por US$ 550 milhões. O objetivo da companhia, dona da marca Post-it, é adicionar novos itens ao seu portfolio. No dia do anúncio da aquisição, na terça-feira 3, as ações da 3M subiram 2,5% e as da Avery fecharam com alta de 2,48%. 

 

 

 

Kodak pode ser expulsa de Wall street

 

A Eastman Kodak pode ser excluída da Bolsa de Nova York se suas ações não subirem de preço em seis meses. A empresa, que já foi líder no segmento de material fotográfico, viu suas ações caírem 80% em 2011. Há mais de 30 dias suas ações valem menos de US$ 1. Na quarta-feira 4, a queda foi de 28,2%. 

 

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Personagem


Receita saudável para o Fleury

 

Desde 1º de janeiro, os clientes de planos de saúde privados têm direito a 69 novos procedimentos médicos e de laboratório. A Agência Nacional de Saúde (ANS) incluiu exames como o de DNA e o de diagnóstico de câncer de mama. Essas mudanças são uma boa notícia para laboratórios como o Fleury, de São Paulo. Omar Hauache, CEO do grupo de medicina diagnóstica, falou com a DINHEIRO sobre essas mudanças.

 

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As novas normas são benéficas para o Fleury? Como?

Sim. Cerca de 70% do nosso faturamento vem dos planos de saúde, e seremos beneficiados pelo fato de eles terem de oferecer mais serviços a seus clientes. 

 

O grupo foi bastante agressivo em aquisições em 2011. Isso continuará? 

No ano passado, compramos 30 mil metros quadrados de laboratórios e construímos outros 14.300. Estamos estudando novas aquisições, principalmente nas cidades que tenham mais de um milhão de usuários dos serviços privados de saúde. Nosso foco será buscar laboratórios de diagnósticos e de imagens. 

 

Quais os outros negócios do Fleury? 

Temos duas outras linhas de negócio. Uma delas é a prestação de serviços para pequenos laboratórios regionais. Outra é o atendimento em 30 grandes hospitais.

 

Quais foram os investimentos de 2011 além das aquisições?

Investimos em pesquisa e tecnologia para poder oferecer novos exames, inclusive com laboratórios de medicina fetal. Com isso, nossa receita nos três primeiros trimestres do ano passado cresceu 22% em relação ao mesmo período de 2010.

 

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Colaboraram: Fernanda Pressinott e Fernando Teixeira