Três organizações mundiais anunciaram aliança inédita para barrar o avanço da poluição plástica no planeta. Segundo informações obtida pela coluna, a Global Plastic Action Partnership (GPAP — Parceria Global de Ação Plástica, em tradução livre), do Fórum Econômico Mundial, a Iniciativa de Plásticos da Fundação Ellen MacArthur e a ONG internacional de ação climática WRAP reuniram suas iniciativas individuais em um amplo e conjunto programa que estenderá as boas práticas a mais de 20 países. A urgência se justifica.

De acordo com a Fundação Ellen MacArthur, com a expectativa de que o Tratado dos Plásticos — instrumento internacional juridicamente vinculativo para acabar com a poluição pelo material — entre em vigor em 2025, agentes públicos e privados precisarão ter claro o raio-x do uso do produto e projetar soluções para o problema.

No estudo Breaking the Plastic Wave, publicado pela mesma fundação, analistas avaliam o impacto do material no meio ambiente em cinco alternativas de modelos de uso e consumo até 2040.

No pior deles, se o mundo continuar com as práticas atuais, as 11 milhões de toneladas presentes no Oceano (ano base 2016) passarão a 29 milhões de toneladas com custo anual de US$ 940 bilhões. No melhor cenário, instalação em ampla escala da economia circular, o volume de poluentes nos mares cairia a 5 milhões de toneladas anuais e US$ 200 bilhões seriam economizados por ano.

Evandro Rodrigues

(Nota publicada na edição 1308 da Revista Dinheiro)