A Forever 21, que opera nos Estados Unidos sob o nome F21 OpCo, entrou com um segundo pedido de recuperação judicial.

A solicitação está enquadrada no Capítulo 11 da Lei de Falências no estado de Delaware. A varejista aponta passivos na faixa de US$ 1 bilhão a US$ 10 bilhões.

A medida ocorre pela segunda vez em seis anos, após a rede ser prejudicada pela queda no tráfego de shoppings e pela crescente concorrência de varejistas online.

Agora, a Forever 21 planeja liquidações no site e em suas lojas, que permanecerão abertas nos Estados Unidos, enquanto ela inicia seu processo de encerramento de operações.

As demais redes internacionais da varejista não serão afetadas, disse a varejista em nota à imprensa.

“A empresa também entrará com uma moção no tribunal buscando autoridade para comercializar os ativos da F21 OpCo por meio de um leilão de acordo com a seção 363 do Código de Falências. No caso de uma venda bem-sucedida, a empresa pode se afastar de uma liquidação total das operações para facilitar uma transação de continuidade.”

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‘De minimis’ e outros problemas

Entre outros problemas que afetaram a Forever 21, um deles era a chamada isenção aos “de minimis”, itens importados da China aos americanos com valor inferior a US$ 800 que não precisavam pagar impostos.

No início de fevereiro, Donald Trump encerrou uma brecha comercial que era usada para enviar pacotes de baixo valor isentos de impostos da China.

Vale ressaltar que a isenção era uma das mais generosas do mundo: o limite mínimo da União Europeia, por exemplo, é de 150 euros (US$ 156).

Para Brad Sell, diretor financeiro da F21 OpCo, “dada a concorrência de empresas estrangeiras de fast fashion, que conseguiram tirar vantagem da isenção ‘de minimis’ para prejudicar nossa marca em preços e margem, bem como custos crescentes, desafios econômicos que impactam nossos principais clientes e tendências de consumo em evolução”.

Forever 21

A Forever 21 foi fundada em Los Angeles, em 1984, por imigrantes sul-coreanos. Em 2016, ela operava cerca de 800 lojas globalmente, sendo 500 delas nos Estados Unidos. Em 2019 ocorreu seu primeiro processo de recuperação judicial.