25/01/2011 - 7:34
O Fórum de Davos reúne todos os anos nas montanhas suíças uma importante combinação dos mais importantes líderes políticos, econômicos e culturais do mundo, interessados em debater os problemas do planeta.
Acusado muitas vezes de promover uma visão exclusivamente capitalista e liberal do mundo, a reunião organizada desde 1971 pelo Fórum Econômico Mundial (WEF, siglas em inglês) é o encontro dos mais ricos, poderosos e famosos do planeta.
Para participar, não se pode ser pobre: as mil maiores empresas do mundo pagam a cada ano alguns milhares de euros para serem membros do WEF, e cada membro individual também paga para ir a Davos.
Uma centena de multinacionais desembolsam, além disso, alguns milhares de euros para serem “sócios estratégicos” do WEF.
O objetivo proclamado do WEF é nada menos do que “melhorar o restante do mundo” e, durante sua reunião anual nesta estação de esqui, se sucedem os anúncios sobre doações para obras de caridade.
Durante o Fórum, a localidade é invadida por mais de 2.500 participantes, 10.000 jornalistas e funcionários do WEF, e todos são submetidos a um severo dispositivo de segurança.
O Fórum também é a ocasião para muitos presidentes de empresas se reunirem de maneira informal, apesar da política internacional roubar muitas vezes o cenário da economia.
O evento foi criado por um professor de Economia, Klaus Schwab, e é organizado por um grupo totalmente privado e que cada vez mais se parece com um organismo internacional.
Davos permitiu certos avanços no passado: a assinatura de uma declaração greco-turca em 1988, uma reunião entre F.W. de Klerk e Nelson Mandela em 1992 e um acordo de paz israelense-palestino assinado por Simon Peres e Yasser Arafat sobre Gaza em 1994.
Agora, em 2011, Davos estará centrado na busca de respostas para um mundo mergulhado na crise da dívida na Eurozona, na “guerra de moedas” e conflitos sociais, e nas formas para experimentar uma profunda mudança com a consolidação dos países BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China).
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