Estudo publicado na revista científica britânica Nature concluiu que os primeiros parentes dos pterossauros na verdade andavam muito antes de decolarem, uma vez que, dezenas de milhões de anos antes das primeiras aves, esses répteis mesozoicos foram pioneiros no voo com asas em forma de vela e ossos leves.

Mas as origens desses répteis permaneceram obscuras devido à falta de fósseis dos primeiros aviadores. Durante décadas, os paleontólogos admitiram que os primeiros pterossauros viviam em árvores e foram planadores antes de voar.

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No estudo, pesquisadores examinaram diversos blocos de arenito escavados na virada do século 20 de uma pedreira no norte da Escócia e descobriram que essas rochas escondiam restos de antecessores dos crocodilos, primeiros dinossauros e lagartos do fim do Período Triássico, conhecidos como os répteis de Elgin, em homenagem a uma cidade escocesa próxima. Um dos menores répteis encontrados nessas rochas caberia na palma da mão, o Scleromochlus, o que deixou perplexos os paleontólogos.

Scleromochlus assemelha-se a um esguio dinossauro cruzado com um camaleão, com várias características iguais aos lagerpetídeos, que eram pequenos répteis que corriam ao redor da Pangea durante o Período Triássico.

Então, se o Scleromochlus é parente primitivo dos pterossauros, supõe-se que os pterossauros no início saltavam ou planavam. Scleromochlus não tinha os quadris robustos de um animal saltitante, como um sapo, e teria se encaixado desajeitadamente em árvores, de acordo com o estudo.

Conclui-se que, ao invés disso, o Scleromochlus provavelmente estava mais confortável perseguindo rapidamente insetos no chão. Isso deixou seus antebraços livres, potencialmente preparando o terreno para que os animais em seu ramo da árvore genealógica eventualmente voassem.