31/05/2019 - 17:48
Autor de alguns dos retratos mais criativos já publicados na revista IstoÉ DINHEIRO, o inquieto fotógrafo Claudio Gatti já exibiu seu trabalho em Paris, no Carrousel do Louvre, a ala comercial do maior e mais importante museu de arte do mundo. No sábado, dia 1 de junho, alguns de seus retratos estarão expostos na Bienal de Veneza, na Itália. A prestigiada mostra soma 123 anos de história e atrai a cada edição cerca de 500 mil pessoas interessadas em conhecer as obras de artistas do mundo todo. O convite par a exposição partiu da artista e curadora brasileira Alcinda Saphira, sócia da galeria Saphira & Ventura, em Nova York. A seleção de trabalhos prioriza situações inusitadas, como a foto do empresário Alexandre Frankel, CEO da construtora Vitacon, em uma bicicleta suspensa por um guindaste. Frankel é autor do livro “Como viver em São Paulo sem carro”, o que responde à inevitável pergunta “mas o que ele quis dizer com essa imagem?”. Outro retrato incomum é o do atual governador de São Paulo, João Doria, para quem o traje social é praticamente obrigatório em qualquer circunstância. Para a lente de Gatti, Doria posou descalço, sentado sob a copa de uma árvore frondosa.
Dono de uma perseverança incomum, Gatti é daquele tipo que não sossega enquanto não faz o melhor clique possível dentro das condições. Já espalhou chocolate sobre o corpo e os cabelos da herdeira da Kopenhagen, pintou com as cores da bandeira britânica o rosto do empresário Carlos Wizard Martins (cujo império nasceu de uma rede de escolas de inglês) e fez o dono da rede de lojas Havan, Luciano Hang, subir na asa do próprio jatinho usando a bandeira brasileira como manto. Quem acompanha o trabalho de Claudio Gatti nas páginas da DINHEIRO sabe do que ele é capaz. Agora é a vez do público da Bienal de Veneza conhecer os cliques nada previsíveis desse artista.