31/05/2022 - 13:40
TAIPÉ (Reuters) – A Foxconn, maior fabricante terceirizada de eletrônicos do mundo, disse nesta terça-feira que o segundo semestre deve ser melhor, já que o lockdown de Xangai parece estar diminuindo.
“Estamos bastante confiantes na estabilidade de nossa cadeia de suprimentos para o segundo semestre”, disse o presidente da Foxconn, Liu Young-way, na reunião anual de acionistas.
A empresa tem como objetivo se tornar a primeira fabricante de veículos elétricos a “não ter falta de material”, disse Liu, referindo-se à prolongada escassez global de chips que forçou as montadoras a interromperem a produção, além dos atrasos de fabricação de smartphones, inclusive para a Apple.
“Um carro que custa dezenas de milhares de dólares não pode ser enviado por causa de um pequeno chip que vale 0,50 dólar. Isso tem sido uma dor para nossos clientes”, disse ele.
A Foxconn pretende deter cerca de 5% do mercado global de veículos elétricos até o final de 2025 e disse que espera aumentar sua capacidade de fabricar chips para o setor, muitos dos quais são pequenos circuitos integrados de baixo custo, incluindo aqueles usados no gerenciamento de energia.
A empresa alertou neste mês que a receita de seus negócios de eletrônicos, incluindo smartphones, pode cair neste trimestre devido ao aumento da inflação, à diminuição da demanda e aos crescentes problemas na cadeia de suprimentos, em parte devido a lockdowns na China.
A Foxconn reiterou que, embora os rígidos controles chineses contra a Covid-19 tenham tido impacto limitado na produção, uma vez que manteve os trabalhadores locais num sistema de “circuito fechado”, a demanda por seus produtos no país sofreu enquanto as pessoas permanecem fechadas.
As ações da Foxconn fecharam em alta de 2,3%, acumulando 8,7% até agora em 2022, dando à empresa um valor de mercado de 52,3 bilhões de dólares.
(Por Yimou Lee, Sarah Wu e Ben Blanchard)