O presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou nesta quarta-feira (28) um novo confinamento nacional para conter o aumento de casos de covid-19 a partir da sexta-feira e pelo menos até 1º de dezembro.

“O vírus circula na França a uma velocidade que nem sequer os prognósticos mais pessimistas tinham previsto”, disse Macron, em discurso transmitido pela televisão.

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Bares, restaurantes e estabelecimentos comerciais não essenciais vão fechar, mas diferentemente do confinamento de dois meses, imposto entre março e maio, as escolas vão permanecer abertas.

As fábricas e as instalações agrícolas poderão continuar funcionando e os serviços públicos permanecerão abertos para limitar a paralisação econômica.

Assim como na primavera, os franceses “poderão sair de casa apenas para ir ao trabalho, ao médico, para ajudar um parente, fazer compras essenciais ou sair brevemente para tomar ar”, enumerou Macron.

Serão exigidas declarações por escrito que justifiquem a saída, acrescentou, sugerindo que voltarão a ser impostas multas aos infratores.

“Se em duas semanas tivermos a situação sob melhor controle, poderemos reavaliar as coisas e esperamos abrir alguns negócios, em particular para as festas de Natal”, disse.

“Espero que possamos comemorar o Natal e o Ano Novo com a família”, acrescentou.

Nas últimas 24 horas, 372 novos pacientes com covid-19 deram entrada em unidades de terapia intensiva, elevando a mais de 3.000 o número de doentes em UTIs em todo o país.

O temor é, antes de tudo, de uma saturação destas unidades, onde mais da metade dos leitos disponíveis já estão ocupados em um país que registrou o recorde de 50.000 contágios em um único dia, os 35.000 óbitos desde março e o milhão de casos.