Um frentista que trabalhava em um posto de combustíveis na Lagoa, área nobre na zona sul do Rio, foi detido pela Polícia Civil após ser flagrado filmando uma mulher enquanto ela utilizava o banheiro do estabelecimento. Ele foi demitido por justa causa e responderá por “registro não autorizado de intimidade sexual”.

O caso aconteceu na última sexta-feira, 14. A dentista Laíris Gonçalves de Aguiar voltava da praia junto com o marido e um casal de amigos quando o grupo parou para abastecer o veículo. Ela aproveitou para ir ao banheiro, que fica numa área embaixo do posto.

“Achei um pouquinho estranho porque era subterrâneo e tinha um buraco em cima do vaso. Estava me secando, quando olho para cima e vejo um celular preto me gravando. Gritei, e meu esposo veio correndo”, contou Laíris à TV Globo.

Ela, o marido e o casal de amigos confrontaram o frentista, que inicialmente negou o crime. Contudo, eles conseguiram pegar o celular do homem e, assim que desbloquearam a tela, viram um vídeo de cerca de 10 segundos com imagens da dentista no banheiro.

O caso foi registrado na 14ª DP (Leblon). O frentista prestou depoimento e assinou um termo circunstanciado pelo crime. O caso foi encaminhado para o Juizado Especial Criminal (Jecrim).

Repúdio

A Vibra, distribuidora que licenciou o posto de combustíveis onde ocorreu o incidente, divulgou a seguinte nota:

“A Vibra repudia qualquer tipo de violação de privacidade, assédio moral ou sexual, e, após tomar conhecimento do relato de uma cliente no posto de combustíveis localizado na avenida Borges de Medeiros, solicitou esclarecimentos e providências imediatas ao posto. O revendedor informou que o frentista envolvido no caso já foi desligado do estabelecimento por justa causa e encaminhado para a delegacia de polícia. A Vibra se solidariza com a vítima e vai acompanhar a condução do caso junto ao revendedor, solicitando providências para que esse tipo de situação não se repita. Além disso, a companhia reforçará em toda a sua rede revendedora os valores que prezamos enquanto empresa e cidadãos para que casos do tipo não se repitam.”