05/03/2008 - 7:00
” Levaram minha bolsa em Madri. Fiquei sem nada ” ISABEL, PEDAGOGA PAULISTANA
TOMAR CUIDADO COM A BOLSA OU carteira é a dica principal para os viajantes, sobretudo aqueles que vêm ao Brasil. Mas, como ladroagem está longe de ser exclusividade nossa, o perigo não diminui quando se está no Exterior, principalmente em lugares muito turísticos. Com o real forte, viajar ficou mais barato, e, na mesma proporção que o turismo brasileiro cresce lá fora, maiores são as chances de pequenos furtos. O que fazer se, de uma hora para a outra, você ficar sem dinheiro, cheques de viagem e cartão de crédito? Não saia de casa sem levar algumas informações básicas sobre como receber ajuda financeira em outro país. Empresas de remessa de dinheiro, bancos, administradoras de cartão de crédito e até mesmo os Correios fazem o envio das ?verdinhas? do Brasil para fora.
A pedagoga paulistana Isabel Borsoi, 25 anos, nunca havia sido roubada na vida. Em uma viagem de estudos à Espanha, em 2006, teve sua bolsa com todo o seu dinheiro, cartões e documentos levada por um ladrão dentro de um cyber café madrilenho. ?Fiquei sem nada?, recorda. Sua sorte foi poder contar com a ajuda de amigos até conseguir receber dinheiro do Brasil, três dias após o roubo. Seu único cartão remanescente, o Visa Travel Money, só permitia o saque no Exterior 72 horas após o depósito efetuado no País. ?Tive o maior prejuízo e cheguei até a me sentir culpada pelo que havia acontecido?, desabafa. Hoje, ela ri do episódio.
Uma das maneiras de sair de uma enrascada dessas é apelar para empresas de remessa de dinheiro, como a Western Union, que possui mais de 335 mil pontos de atendimento no mundo. O envio para qualquer pessoa no Exterior é feito por meio de agências do Banco do Brasil (somente correntistas) ou das corretoras de câmbio conveniadas, como a Action e a Souza Barros. ?Basta ir a qualquer ponto de atendimento com os documentos pessoais e a quantia a ser enviada?, explica Felipe Buckup, diretor de marketing da Western Union no Brasil. Com o número de protocolo da remessa e um documento de identidade com foto, a pessoa beneficiada pode retirar o dinheiro em qualquer ponto de atendimento lá fora. ?Como trabalhamos com casas de câmbio, nossos horários são bem mais flexíveis que os bancários. A pessoa em apuros pode receber o dinheiro mais facilmente?, conta. A comodidade custa de 5% a 8% do valor transferido (leia tabela).
8% do valor transferido (leia tabela). Já os clientes da Visa, da MasterCard e da American Express podem efetuar um saque emergencial de seus cartões, mesmo que estes tenham sido roubados. Quando são acionadas, as empresas debitam do limite do cliente o valor solicitado e emitem uma ordem de pagamento para casas de remessa ou bancos. Os Correios possuem serviço parecido, mas são menos ágeis. O dinheiro leva de cinco a 15 dias para poder chegar às mãos do destinatário que, munido de seu passaporte, pode retirar a quantia na agência postal de um dos 38 países atendidos pelo serviço. Também não custa anotar os dados bancários em local seguro. Bancos internacionais, como o HSBC, costumam ajudar correntistas em apuros. Mesmo sem cartão, clientes do HSBC Premier conseguem fazer saques de emergência lá fora nas agências Premier.