Com um panorama tão positivo para o setor de franquias, não é difícil acreditar que o caminho para o sucesso seja curto. Puro engano. ?Não existe negócio com risco zero e é uma grande ilusão achar que a franquia caminhará sozinha?, afirma Ricardo Bomeny, presidente da Associação Brasileira de Franchising (ABF).

Para abrir uma franquia, garantem os consultores, não basta apenas dispor do investimento inicial. É preciso somar afinidade com o ramo, disposição para cumprir jornadas que muitas vezes avançam pelos fins de semana e feriados, ter a certeza de que deseja estar à frente do negócio, ter bons conhecimentos de administração e espírito empreendedor.

De acordo com Paulo Melchor, consultor de franquias do Sebrae-SP, a grande sacada do franchising é que, com tantas opções de marcas, o empreendedor pode achar a que mais se adapte e melhor combine com as suas expectativas de investimento e prazo de retorno.

?Meu conselho é pesquisar muito, conversar com franqueados da marca que mais interessar, analisar profundamente os números e resultados, avaliar se você está disposto a seguir o contrato e, trabalhar muito para ter sucesso?, resume Melchor.

Segundo os especialistas existem alguns mitos que cercam esse tipo de negócio. Apesar de seguirem um padrão, donos de franquias precisam se dedicar exaustivamente ao negócio. ?Alguns acreditam que basta abrir a porta da loja que haverá sempre uma fila de clientes na porta?, afirma Ricardo Bomeny, presidente da Associação Brasileira de Franchising (ABF).

Do outro lado, muitas vezes franqueador não dá o suporte a seus franqueados como deveria. ?Apesar de todo o avanço e do amadurecimento do franchising no Brasil, os conflitos existem?, afirma Melchor, do Sebrae-SP. Segundo o consultor, a maioria dos conflitos ocorre porque as pessoas esquecem que assinaram um contrato que prevê a normatização de processos e pagamentos de royalties, por exemplo.

Para evitar problemas, há redes que aplicam testes de seleção entre os candidatos a franqueados semelhantes aos adotados na contratação executivos. Mas seja qual for a opção, para minimizar os riscos é preciso cruzar as expectativas do candidato com as da bandeira. ?O candidato deve questionar a rede sobre o planejamento para o ano corrente e para os próximos cinco anos, e como ela enxerga o futuro da marca?, explica Melchor.

Entre os erros capitais de quem abre uma franquia, pode-se citar a avaliação equivocada do ponto, que é feita em conjunto pelo franqueado e pela franqueadora, a falta de identificação com o negócio e a falta de planejamento financeiro. ?Hoje existem franquias para todos os bolsos e expectativas, mas é obrigatório ter conhecimento do setor de atuação?, afirma Melchor.

 

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