07/08/2019 - 13:46
Uma funcionária grávida acusou o Google de discriminação em um relato postado no mural interno da companhia. Segundo o site FastCompany, o texto, intitulado “Não estou voltando ao Google após a licença de maternidade, e aqui está o porquê” já foi lido por mais de 10 mil trabalhadores.
A autora acusa uma das gerentes de fazer comentários discriminatórios sobre mulheres grávidas durante meses. Segundo o relato, a situação se agravou depois que a funcionária prestou queixa no RH.
“Eu suportei meses de conversas e e-mails raivosos, projetos vetados, ela me ignorou durante encontros pessoais e me envergonhava publicamente. O golpe final foi descobrir que minha gerente estava compartilhando comentários prejudiciais à minha reputação com outros funcionários mais experientes e entrevistando ativamente candidatos para me substituir.”
Este não é o primeiro problema de abusos relatados dentro do Google. Em novembro passado, milhares de funcionários em todo o mundo se manifestaram contra a decisão da empresa em demitir com grandes bônus pessoas de altos escalões acusados de abusos sexuais. Segundo alguns trabalhadores, os líderes dos protestos foram perseguidos dentro da empresa.
Em nota, a empresa afirmou que refuta qualquer ação de retaliação aos trabalhadores que acusarem superiores de má conduta. “Para garantir que nenhuma reclamação levantada não seja ouvida no Google, fornecemos aos funcionários vários canais para relatar preocupações, inclusive anonimamente, e investigamos todas as alegações de retaliação.”