A Fundação Joan Mitchell (JMF) enviou uma carta à empresa Louis Vuitton exigindo que a marca retire a campanha publicitária impressa e digital que reproduz obras da artista norte-americana Joan Mitchell.

A grife francesa lançou uma campanha da bolsa Capucines com obras de arte da pintora como cenário. As imagens foram feitas na exposição “Monet – Mitchell”, na Fundação Louis Vuitton, em Paris. A exposição vai até 27 de fevereiro e tem 35 obras de Claude Monet (1840-1926) e 25 pinturas de Joan Mitchell (1925-1992). “É um diálogo poético e visual convincente entre dois artistas excepcionais”, diz nota da marca francesa.

A JMF diz em nota que, no final de 2022, a Louis Vuitton a procurou para pedir permissão para usar as obras de Mitchell em uma campanha publicitária. A JMF negou o pedido por escrito, seguindo a política de que as imagens do trabalho da artista sejam usadas apenas para fins educacionais. “A JMF nunca licenciou as obras da artista para uso em campanhas comerciais ou para a promoção de outros bens e serviços. A Louis Vuitton posteriormente reiterou o pedido que foi negado várias vezes”, afirma a Fundação.

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Segundo a organização, a Louis Vuitton usa pelo menos três obras de Mitchell sem autorização em fotos e vídeos da campanha: “La Grande Vallée XIV (For A Little While)” (1983); “Quatuor II para Betsy Jolas” (1976); e “Edrita Frito” (1981). As três obras estão em exibição na Fundação Louis Vuitton.

“Ao permitir que essas obras sejam fotografadas para esse fim e dessa maneira, a Fundação Louis Vuitton está violando seu contrato com a JMF. É uma grande decepção que a Louis Vuitton tenha tanto desrespeito pelos direitos de uma artista e explore seu trabalho para obter ganhos financeiros. Se não interromper imediatamente esta campanha e cessar o uso ilegal da obra de arte de Mitchell, a JMF tomará imediatamente outras medidas legais para resolver este assunto”, afirma a Fundação.