15/04/2020 - 20:23
A Fundação Bill & Melinda Gates pediu nesta quarta-feira (15) cooperação global para preparar as vacinas COVID-19 para sete bilhões de pessoas, enquanto oferece 150 milhões dólares para o desenvolvimento de terapias e tratamentos para o vírus.
Embora seja provável que demore 18 meses para desenvolver e testar completamente uma vacina segura contra o coronavírus, autoridades e empresas globais precisam começar agora os planos para fabricá-la, disse o executivo-chefe da fundação, Mark Suzman.
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“É normal ter, no máximo, centenas de milhões de doses fabricadas”, disse Suzman.
“Quando você está lidando com um novo patógeno como a COVID-19, quando identificamos uma vacina bem-sucedida, precisamos de bilhões de doses”, acrescentou.
“Existem sete bilhões de pessoas no planeta”, lembrou. “Vamos precisar vacinar quase todos. Não há capacidade de fabricação para isso”.
Suzman anunciou que a fundação, criada e controlada pelo bilionário fundador da Microsoft Bill Gates e sua esposa Melinda Gates, vai adiciona 150 milhões dólares aos 100 milhões anunciados em fevereiro para ajudar nos esforços internacionais para combater a pandemia de coronavírus.
Grande parte do dinheiro é para apoiar o desenvolvimento de testes de diagnóstico da COVID-19, tratamentos terapêuticos e vacinas, e torná-los disponíveis globalmente, declarou.
Outra parte será para ajudar os países mais pobres do sul da Ásia e da África Subsaariana, que carecem de suprimentos, equipamentos e infraestrutura para combater a nova epidemia.
Mas a fundação tem como foco a preparação para a criação de uma vacina que possa efetivamente impedir a disseminação do coronavírus.
Cerca de 100 possíveis vacinas estão sendo desenvolvidas e testadas por cientistas de todo o mundo, disse Suzman.
Muitas podem dar esperanças em pequenos testes iniciais, destacou, mas a maioria falhará em testes maiores.
Cada vacina finalmente aprovada exigirá seu próprio processo de fabricação e, se as pessoas não começarem a se preparar dentro de meses, muito tempo será perdido, alertou.
“Não haverá retorno ao ‘normal’ até que haja uma vacina”, disse Suzman.