Os fundos de investimento tiveram resgates líquidos de R$ 8,8 bilhões em maio, o primeiro mês negativo de 2024, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). No acumulado do ano, o saldo é positivo em R$ 151,8 bilhões. Os fundos de renda fixa foram o destaque de maio, com R$ 16,3 bilhões de ingressos líquidos. As carteiras que investem em ativos de médio e alto risco de crédito (do tipo duração livre crédito livre) foram responsáveis por mais da metade do resultado da classe, com R$ 9,7 bilhões de aportes líquidos.

Em seguida, aparecem os fundos de previdência e os que compram participações em empresas (FIP), que atraíram R$ 786,4 milhões e R$ 702,3 milhões, respectivamente. Os ETFs (Exchange Traded Funds) apresentaram a maior captação líquida do ano, com R$ 592,4 milhões. Já os multimercados seguem perdendo recursos. Houve saídas de R$ 15,3 bilhões em maio, com a conta do ano negativa em R$ 54,1 bilhões. Os fundos de ações, por sua vez, registraram saques de R$ 4,6 bilhões em maio, com saídas acumuladas de R$ 4,2 bilhões desde janeiro.

R$1 bilhão Foi o valor anunciado para recompra de ações da Rede D’Or, segundo comunicado na terça-feira (11). O intuito é manter os papeis em tesouraria, “com vistas a maximizar a geração de valor para os acionistas”. A compra está limitada a 30 milhões de ações, ou 10% dos papeis. O programa tem prazo de 1 ano.

R$1 bilhão Foi o valor batido pela Gama Investimentos, hub independente para fundos espelho (os chamados “feeders”) de grandes gestoras estrangeiras no Brasil em captação nos últimos seis meses. O impulso aconteceu pelo aumento da procura por renda fixa internacional e as novas regras da CVM.

Recuperação Judicial
Americanas tem receita de R$ 3,6 bilhões

A Americanas anunciou na terça-feira os resultados preliminares não auditados do primeiro trimestre deste ano, contabilizando receita líquida de R$3,76 bilhões ante aos R$ 3,63 bilhões divulgados anteriormente para o mesmo período de 2023.

A companhia responsável por um dos maiores pedidos de recuperação judicial da história do país afirmou que teve um resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) “ajustado” positivo de R$ 284 milhões nos três primeiros meses deste ano.

• A empresa não divulgou números comparativos para o Ebitda e ainda afirmou que o dado “exclui despesas relativas à recuperação judicial e investigação, ‘impairment’; baixas de ativos e haircut/desconto em contingências e em fornecedores por conta da aprovação do plano de recuperação”.

Segundo a Americanas, com o desconto na dívida bilionária da companhia com credores – o chamado “haircut” – o resultado do terceiro trimestre deste ano deve trazer um “montante relevante” de ganho à empresa que deverá ser “suficiente para reverter” o atual patrimônio líquido negativo.

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