10/04/2025 - 12:43
A indústria de fundos registrou resgate líquido de R$ 39,8 bilhões no primeiro trimestre de 2025, revertendo a entrada de recursos de igual período em 2024, quando a captação líquida foi de R$ 119,2 bilhões, conforme dados divulgados nesta quinta-feira, 10, pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Foi o primeiro trimestre com o segundo pior desempenho nos últimos cinco anos, de acordo com Pedro Rudge, diretor da entidade. Apenas os primeiros meses de 2023 tiveram saídas maiores do que as deste ano.
O patrimônio líquido (PL) da indústria chegou a R$ 9,4 trilhões, o que representa aumento de 7,2% na comparação com o acumulado do ano anterior até março.
O número de fundos subiu 4,6%, para 32.591, e o de gestores avançou 2,8%, para 1.033.
Captação por classe
A classe de multimercados apresentou resgate líquido de R$ 43,8 bilhões no primeiro trimestre, o pior desempenho, seguida pelos fundos de ações, que tiveram saída líquida de R$ 27,3 bilhões.
Os fundos de investimento em direitos creditórios (FIDCs) acumularam resgate de R$ 15,1 bilhões em 2024. O movimento foi concentrado em um fundo específico, informou a Anbima.
Já a classe de renda fixa foi o destaque positivo, com captação líquida de R$ 43,2 bilhões.
“A renda fixa continua sendo o carro-chefe, mas teve uma intensidade menor do que a entrada vista do primeiro trimestre do ano passado”, afirma Rudge.
Em 2024, os primeiros meses tiveram captação de R$ 134,4 bilhões na classe.