11/01/2019 - 20:47
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) denunciou nesta sexta-feira,11, que a indicação do capitão-tenente da reserva da Marinha e funcionário da Petrobras há anos, Carlo Victor Guerra Nagem, amigo do presidente Jair Bolsonaro, para a gerência Executiva de Inteligência e Segurança Corporativa fere o Plano de Cargos e Remuneração (PCR) da estatal.
Segundo os critérios da petroleira, a vaga requer pelo menos 10 anos de experiência gerencial na área em empresa de grande porte nacional ou internacional, o que não seria o caso de Nagem. A gerência para a qual foi indicado é responsável por toda a segurança própria e contratada da Petrobras, respondendo por centenas de contratos em todo o País. Segundo a federação, Bolsonaro nomeou um profissional pleno para um cargo sênior, triplicando o seu salário, que passa a girar em torno dos R$ 50 mil.
“Após promover o filho do vice Mourão no Banco do Brasil, Jair Bolsonaro gera nova indignação ao interferir a favor da indicação de um ‘amigo particular’ para ocupar a Gerência Executiva de Inteligência e Segurança Corporativa da Petrobras”, disse a FUP em nota, lembrando que Nagem disputou cargos legislativos pelo Partido Social Cristão (PSC), com apoio do presidente eleito, mas foi derrotado.
Em sua conta oficial do Twitter, Bolsonaro defendeu nesta sexta-feira a indicação de Nagem, alegando que o amigo tem um currículo com várias atribuições externas que o qualificam para o cargo. Mais tarde, o presidente anunciou também pelo Twitter a indicação de outro militar para a Petrobras, o tenente da reserva Marcelo Dias, que poderá ocupar a gerência de inteligência da petroleira.