Apogeu e queda de Eike Batista

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O empresário começou com a extração de ouro no Norte do País, quando presidiu a Companhia Nacional de Mineração. Polêmico, dizia que um negócio só parava em pé se fosse “à prova de idiotas”.

iuatoi iuato - https://istoedinheiro.com.br/author/iuato

26/01/2017 - 17:35

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Eliezer
Eike Batista é filho de Eliezer Batista, ex-ministro de Minas e Energia e conhecido por presidir a Vale. Adversários alegam que Eike teria tido supostas informações privilegiadas sobre áreas de mineração do pai. Ele nega.
O empresário começou com a extração de ouro no Norte do País, quando presidiu a Companhia Nacional de Mineração. Polêmico, dizia que um negócio só parava em pé se fosse “à prova de idiotas”.
Tornou-se figura carimbada no Rio de Janeiro ao se casar com a atriz Luma de Oliveira, com quem teve dois filhos, Thor e Olin. No Carnaval de 1998, a atriz desfilou na escola de samba Tradição com uma coleira com o nome Eike.

Sempre foi adepto. Em janeiro de 2006, o empresário estabeleceu um novo recorde para a travessia Santos-Rio com uma lancha de dois motores de 1.800 cavalos.
Em fevereiro de 2010, Eike disse a um jornalista americano que sua expectativa era conquistar US$ 100 bilhões de dólares em dez anos. “Sim… fazer o que? Estou com sorte”, afirmou na ocasião. À época Eike era o 61º na lista da Forbes, com patrimônio estimado de US$ 7,5 bilhões.

Em outubro de 2010, a OGX faz o maior IPO da história da bolsa brasileira. As ações da petrolífera de Eike Batista disparam mais de 18% na estréia e a empresa levanta R$ 6,7 bilhões.
Seu arrojo e sucesso em levantar capital de terceiros o torna próximo do poder durante os governos Lula e Dilma. A OGX, empresa que começa a prospecção de petróleo em 2012 no Brasil, era uma promessa no meio empresarial e público. É o auge do empresário, com uma fortuna estimada pela Forbes de US$ 34,5 bilhões, a oitava maior do mundo.
Ainda em 2012, em junho, três dias após a OGX rebaixar a previsão de produção de petróleo poço de Tubarão Azul, a crise de confiança dos investidores já atingira todas as empresas X listadas na bolsa. A mídia internacional começa a questionar seu império.

Em 2016, Eike prestou um depoimento espontâneo à Justiça e contou que em 2012 o então ministro da Fazenda, Guido Mantega, pediu que ele contribuísse com R$ 5 milhões como doação eleitoral.
Com as ações do Grupo EBX em queda livre. Eike decide vender 70 milhões dos papéis da companhia por R$ 121 milhões de reais. A operação foi interpretada pelos investidores como um sinal de que nem o dono da OGX já confiava nela. Agências de classificação de risco classificam as empresas como altamente arriscadas, com possibilidade concreta de calote.
2015, a Justiça determinou a apreensão e bloqueio dos bens do empresário para garantir a indenização dos investidores da OGX.

O empresário tem complicações também fora do Brasil. A juíza Ingrid Mangatal, do Tribunal Superior das Ilhas Cayman, congelou US$ 63 milhões de uma conta de Eike Batista. Segundo a juíza, há indícios de que ele teria transferido do Brasil para as Bahamas US$ 572 milhões.
Nesta quinta-feira, 26, a Polícia Federal tenta cumprir um mandado de prisão preventiva (sem data para terminar) contra o empresário, acusado de corrupção ativa por ter pagado propina para o ex-governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), utilizando um contrato fictício.

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