O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse nesta segunda-feira, 1º, que já faz “algum tempo” que a autarquia mantém o termo “bastante” em suas comunicações ao defender uma Selic restritiva por período “bastante prolongado”, enfatizando que essa contagem de prazo não zera a cada reunião de política monetária.

“Você está falando assim: o ‘bastante prolongado’, já faz algum tempo que o ‘bastante’ está ali, então você está considerando que faz algum tempo, é isso mesmo”, disse ele ao responder a uma pergunta sobre a comunicação do BC. “O ‘bastante’, não é que ele zera a cada nova reunião que a gente escreve, ele não zera a cada reunião.”

Em evento promovido pela XP Investimentos, em São Paulo, Galípolo também afirmou que a inflação ainda não está onde demanda o mandato do BC de busca pela meta de inflação e que expectativas e projeções “caem bem menos do que a gente gostaria”.

A taxa de desemprego do Brasil ficou em 5,4% no terceiro trimestre encerrado em outubro de 2025. Esse foi o menor patamar da série histórica do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), iniciada em 2012.

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O desempenho do período representa uma queda de 0,7 ponto percentual em comparação ao mesmo período do ano passado. Em relação ao trimestre imediatamente anterior, o recuo foi de 0,2 ponto percentual.

A população desocupada no Brasil chegou a 5,9 milhões de pessoas, o menor contingente da série histórica. O resultado representa uma queda de 3,4% na comparação trimestral e de 11,8% no ano. Já a população ocupada alcançou 102,6 milhões.

O presidente do BC disse que já faz “algum tempo” que a autarquia mantém o termo “bastante” em suas comunicações ao defender uma Selic restritiva por período “bastante prolongado”, enfatizando que essa contagem de prazo não zera a cada reunião de política monetária.

Para ele, o BC não tem sinalização sobre o próximo passo para os juros básicos porque segue analisando a evolução de dados a cada encontro do Comitê de Política Monetária (Copom).