Um dos maiores vilões do sedentarismo entre as crianças tem nome e sobrenome: videogame. Cada vez mais, a meninada gasta o tempo útil, que poderia ser aproveitado em práticas de atividades mais saudáveis, em frente da televisão munidos de um joystick. Mas a empresa japonesa SSD reinventou o videogame com um novo produto. É o XaviXPort, uma traquitana que permitirá ao jogador interagir com a televisão, misturando o real e o virtual. Parece improvável, mas é possível. Como? Os joysticks dão lugar a raquetes, tacos de beisebol, varas de pescar ou bolas de boliche. Ou seja, numa partida de beisebol o jogador tem nas mãos um taco de verdade. Para surtir efeito, os ?controles?, com sensores óticos, não possuem fios. Assim é possivel se movimentar à vontade. ?O nosso produto se encontra em uma linha tênue entre a imaginação e a realidade?, diz Rachel Wooland, gerente da companhia.

No caso do boliche, sensores captam o movimento, calculam a força, a velocidade, o ângulo da jogada e projetam o resultado na tela. Se for uma competição de pesca, a vara treme quando o peixe morde a isca. O aparelho, vendido nos EUA ou pelo site www.bestbuy.com, virou mania entre a garotada americana. Aos interessados vai um aviso: os jogos de beisebol, tênis, pesca e boliche custam US$ 50 cada um. Já o XaviXGolf, pode ser comprado por US$ 80. A mania já tem uma versão nacional: o Dynavision. Produzido pela Dynacom, o jogo de ping-pong virtual é vendido a R$ 99. ?Do ponto de vista motor, é uma atividade mais interessante do que os videogames tradicionais?, diz Ana Cássia Maturano, psicopedagoga. ?Mas do ponto de vista das relações sociais, não substitui a prática do esporte?.