05/05/2021 - 15:49
A casa de leilões Christie’s apresentou nesta segunda-feira (4) uma garrafa de Pétrus 2000 que passou 14 meses a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS). Esta é a primeira vez que um vinho viaja para a ISS e retorna à Terra. A garrafa foi envelhecida em um ambiente cuidadosamente monitorado e controlado, como parte de uma série de experimentos da Space Cargo Unlimited.
Os amantes da bebida têm uma boa notícia: a garrafa será vendida pela Christie’s, mas é preciso preparar o bolso. O valor estimado é de US$ 1 milhão, conforme o Space Daily. Se confirmada a comercialização por este valor, o Pétrus 2000 que veio do espaço pode ser tornar o vinho mais caro já vendido.
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De acordo com a casa de leilões, a garrafa única de Pétrus envelhecido no espaço é oferecida em um baú exclusivo, imaginado e feito à mão pela Maison d’Arts Les Ateliers Victor parisiense, ao lado de uma garrafa de Pétrus 2000 terrestre, um decantador, copos e um saca-rolhas feito de meteorito.
“O produto da venda irá para o financiamento de futuras missões espaciais, oferecendo aos colecionadores a oportunidade de adquirir um pedaço de história vínica e espacial, ao mesmo tempo que contribuem para pesquisas em andamento. O vinho está disponível para compra imediata por meio de vendas privadas da Christie’s”, diz a empresa.
A garrafa, conforme Space Daily, faz parte de um lote de 12 unidades que a startup europeia Space Cargo Unlimited colocou em órbita como parte da pesquisa sobre como os alimentos e bebidas amadurecem no espaço.
O vinho passou quase 440 dias no espaço. Ele partiu para a ISS em 2 de novembro de 2019 em uma espaçonave conhecida como cápsula Cygnus e retornou em 14 de janeiro de 2021 a bordo de uma cápsula Dragon fabricada pela SpaceX de Elon Musk.
Em comunicado, a Christie’s destacou que testes realizados em março por um instituto de ciência do vinho em Bordeaux descobriram que as garrafas “suportaram positivamente todas as restrições de preparação, viagem e armazenamento na ISS”.
No final de uma degustação às cegas, os pesquisadores notaram “diferenças notáveis nos componentes de cor, aroma e sabor” entre as garrafas celestiais e os equivalentes que permaneceram na Terra.