31/10/2007 - 8:00
Imagine se Warren Buffett, o segundo homem mais rico do mundo com US$ 42 bilhões, colocasse parte de sua carteira de ações à venda de um dia para o outro. Guardadas as proporções, é mais ou menos assim que um leilão de vinhos, que acontece neste fim de semana, no restaurante Le Bernardin, em Nova York, está sendo encarado. Organizado pela empresa Acker Merrall & Condit, o leilão batizado The Man with the Golden Cellar (O homem com a adega de ouro) levará ao martelo as maiores relíquias do mundo de Bacco. Pense em um rótulo consagrado ou uma safra única. A bebida, com certeza, estará lá. Entre as 11.474 garrafas que serão vendidas, uma pequena parte das 65 mil garrafas de sua coleção pessoal, há 1.297 unidades do tradicional Domaine de la Romanée- Conti, de safras que começam em 1919. Há também 374 garrafas de La Tâche, 123 de Petrus, 24 de Richebourg, 163 de Vega Sicilia Único de 1917 e uma infinidade de Lafite Rothschild, Cheval Blanc… Valor da venda: US$ 20 milhões. ?Essa coleção é resultado de uma vida inteira de trabalho?, disse à DINHEIRO John Kapon, presidente da Acker Merral & Condit.
Mas, afinal, quem é o dono de todas essas preciosidades? ?Ele quer se manter anônimo?, diz Kapon. A imprensa especializada, como a revista americana Wine Spectator, sugere apenas que ele é um empresário da Califórnia que acumulou milhões com empresas de tecnologia. O fato é que ele também amealhou parte dos grandes vinhos existentes no mundo. ?São vinhos raros?, diz Arthur Azevedo, presidente da Associação Brasileira de Sommeliers de São Paulo (ABS-SP). ?É uma ótima oportunidade para comprá-los.? É também uma chance de adquirir grandes rótulos como investimento. Seja financeiro, seja pessoal. As garrafas oferecidas podem se valorizar ainda mais com o passar do tempo. Se isso não acontecer, em último caso, é só abrir e apreciar cada gole como se fosse o último.