A gasolina, com alta de 4,75%, teve o maior impacto positivo sobre o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho, de 0,23 ponto porcentual. Em contrapartida, o maior impacto negativo foi da energia elétrica residencial, que caiu 3,89% no mês e impactou o índice em 0,16 ponto.

O IPCA subiu 0,12% em julho. Além da gasolina, as maiores pressões positivas sobre o índice foram de automóvel novo (0,05 ponto), emplacamento e licença (0,04 ponto), plano de saúde (0,03 ponto) e passagem aérea (0,03 ponto).

Por outro lado, fora a energia elétrica residencial, as maiores pressões negativas sobre o índice foram de ônibus urbano (-0,03 ponto), perfume (-0,02 ponto), automóvel usado (-0,02 ponto) e frango em pedaços (-0,02 ponto).

Alimentação

O recuo de Alimentação e bebidas (-0,46%) no IPCA de julho foi puxado por deflação de alimentação em domicílio (-0,72%), contra alta de alimentação fora do domicílio (+0,21%). A queda no critério em domicílio foi a principal responsável pela redução do índice de difusão entre os itens alimentícios no mês (46% para 38%). Os apontamentos foram feitos pelo analista André Guedes, gerente do IPCA no IBGE, em coletiva nesta sexta-feira após a divulgação do índice.

Apesar da alta na margem, Guedes pontuou que o critério fora de domicílio desacelerou pelo terceiro mês consecutivo nesta leitura. “Já alimentação no domicílio teve estabilidade em maio, mas registrou deflação em junho e julho”, emendou.

Entre as quedas de subitens de Alimentação e bebidas em destaque, Guedes afirmou também que o recuo de feijão carioca (-9,24%) e o avanço de banana-prata (4,44%) foram motivados por questões de oferta.