Os gastos das famílias brasileiras com Habitação passaram de uma elevação de 1,19% em maio para uma alta de 0,99% em junho. O resultado levou a uma contribuição de 0,15 ponto porcentual para a taxa de 0,24% registrada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do último mês, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira, 10.

A energia elétrica residencial aumentou 2,96%, impulsionada pela entrada em vigor da bandeira tarifária vermelha patamar 1 no mês de junho, adicionando R$ 4,46 na conta de luz a cada 100 KWh consumidos. O subitem exerceu a maior pressão individual no IPCA do mês, uma contribuição de 0,12 ponto porcentual. Além da mudança na bandeira tarifária, houve ainda reajustes de 7,36% em Belo Horizonte em 28 de maio, de 14,19% em uma das concessionárias de Porto Alegre em 19 de junho, de 1,97% em Curitiba em 24 de junho e redução de 2,16% nas tarifas de uma das concessionárias do Rio de Janeiro em 17 de junho.

A energia elétrica residencial já acumula uma alta de 6,93% no ano, principal pressão individual para a inflação do período, uma contribuição de 0,27 ponto porcentual para a alta de 2,99% acumulada pelo IPCA.

“A alta acumulada na energia elétrica no primeiro semestre foi a maior para um primeiro semestre desde 2018, quando foi 8,02%”, observou Fernando Gonçalves, gerente do IPCA no IBGE.

Ainda em Habitação, a taxa de água e esgoto subiu 0,59%, devido a reajustes de 9,88% em Brasília a partir de 1º de junho, de 4,76% em Rio Branco em 1º de maio, de 3,83% em Curitiba em 17 de maio e de 6,58% em Porto Alegre desde 4 de maio.