31/07/2025 - 10:26
O setor público consolidado teve resultado negativo de R$ 61,016 bilhões com juros em junho, após um rombo de R$ 92,145 bilhões em maio, informou o Banco Central nesta quinta-feira, 31.
O governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e BC) teve despesas de R$ 51,963 na conta de juros. Os governos regionais gastaram R$ 8,677 bilhões, e as empresas estatais, R$ 376 milhões.
De janeiro a junho, a despesa do setor público com juros atingiu R$ 416,667 bilhões, ou 6,74% do Produto Interno Bruto (PIB).
No acumulado de 12 meses, a despesa soma R$ 912,313 bilhões, ou 7,45% do PIB.
Dívida bruta
A Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) como proporção do Produto Interno Bruto (PIB) aumentou de 76,1% em maio para 76,6% em junho, informou o Banco Central. Em valores nominais, passou de R$ 9,265 trilhões para R$ 9,389 trilhões.
Pelo conceito do Fundo Monetário Internacional (FMI), a DBGG cresceu de 88,4% para 89,9% do PIB no período. O BC começou a divulgar a estatística este ano.
O pico da série da dívida bruta no critério do BC foi alcançado em dezembro de 2020 (87,6%), devido às medidas fiscais adotadas no início da pandemia de covid-19. No melhor momento, em dezembro de 2013, a dívida bruta chegou a 51,5% do PIB.
A DBGG que abrange o governo federal, os governos estaduais e municipais, excluindo o BC e as empresas estatais é uma das referências para avaliação, por parte das agências globais de classificação de risco, da capacidade de solvência do País. Na prática, quanto maior a dívida, maior o risco de calote por parte do Brasil.
A Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) que leva em conta as reservas internacionais do Brasil aumentou de 62,0% do PIB em maio para 62,9% em junho. Em reais, atingiu R$ 7,702 trilhões.