A taxa Selic deverá ser cortada em mais 0,5 ponto porcentual no Comitê de Política Monetária (Copom) de dezembro para 11,75% ao ano. É o que esperam 72% dos gestores, economistas, analistas e tomadores de decisão das maiores casas de investimento do Rio de Janeiro e de São Paulo ouvidos em pesquisa Genial/Quaest. Foram ouvidos 100 profissionais entre os dias 16 e 21 deste mês.

No mesmo levantamento, 8% dos consultados disseram que a Selic deveria ser cortada para abaixo de 11,75% em dezembro e 20% afirmaram que gostariam que a taxa básica de juros ficasse acima de 11,75% ao ano.

Em relação à atuação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, desde o começo do ano, 85% dos entrevistados disseram que a consideram positiva. Este foi o mesmo porcentual visto na pesquisa da Geinal/Quaest em setembro. O porcentual dos que veem a atuação do banqueiro central como regular caiu de 9% para 5%, e o dos que a consideram negativa subiu de 6% para 10%.

Ainda segundo a pesquisa, 70% dos entrevistados estão muito preocupados com a indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a presidência do BC. Esse porcentual era de 68% em setembro. Agora, 29% continuam a dizer estar pouco preocupados – estabilidade em relação ao levantamento anterior. Apenas 1% diz não estar nada preocupado com a indicação do próximo presidente do Banco Central.

Os que se mostram preocupados (51%) citaram como motivo de preocupação a possibilidade de ingerência do governo no Banco Central; 32% disseram temer que o próximo banqueiro central venha a não se preocupar com a inflação, e 17% disseram temer um presidente com preferências por expansão fiscal.

Sobre como veem as indicações dos dois novos diretores do BC, 57% acharam positiva a apresentação de Paulo Picchetti para a diretoria de Assuntos Internacionais e 13% viram como positiva a indicação de Rodrigo Teixeira.

Para 35%, a indicação de Picchetti não é nem positiva nem negativa, e para 54% a indicação de Rodrigo Teixeira não é nem positiva nem negativa. Picchetti é negativo para 8% e Teixeira para 33%. Mas 63% acham que os dois vão votar pautados por critérios técnicos e para 37%, sob influência política.