(Corrige 8º parágrafo para esclarecer que as mulheres, e não os evangélicos, representam pouco mais da metade do eleitorado)

BRASÍLIA (Reuters) – Em evidência nas campanhas eleitorais dos maridos e dois principais candidatos ao Palácio do Planalto, Janja, casada com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e a primeira-dama Michelle Bolsonaro têm pouca influência na definição do voto do eleitor, apontou recorte de pesquisa Genial/Quaest divulgado nesta sexta-feira.

Segundo o levantamento, Michelle Bolsonaro –que recebeu da campanha do presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) a tarefa de quebrar o gelo com o eleitorado feminino, que tende a rejeitá-lo, e para fortalecer a aceitação do mandatário entre os evangélicos– influencia positivamente no voto de 14% dos entrevistados. Outros 4% avaliam que ela influencia negativamente no voto e 77% disseram que ela não tem influência.

No caso de Janja, 9% responderam que ela influencia positivamente no voto, 3% avaliaram que ela influencia negativamente e 81% consideraram que ela não exerce qualquer influência.

Michelle ganha mais poder de formação de opinião entre os evangélicos, mas ainda assim minoritário. Entre os fieis dessas denominações, o percentual dos que consideram que ela tem influência positiva passa a 22% dos entrevistados, enquanto 2% veem influência negativa e 72% não veem qualquer influência.

No caso de Janja, a influência positiva é de 7% neste eleitorado, a negativa é de 4% e para 82% a influência é nenhuma.

O Quaest também perguntou sobre a imagem que Michelle e Janja têm entre os eleitores. Considerado o eleitorado total, 34% veem a primeira-dama de forma positiva, 8% são indiferentes, 15% têm uma imagem negativa e 39% não a conhecem. No caso de Janja, 10% têm uma imagem positiva, 5% são indiferentes, 5% têm uma imagem negativa e 77% não a conhecem.

Entre os evangélicos, a visão sobre Michelle melhora significativamente, com 52% declarando ter uma imagem positiva, 4% são indiferentes, 9% têm imagem negativa e 32% não a conhecem. Por outro lado, Janja tem imagem positiva entre 7% dos evangélicos, enquanto 4% são indiferentes, 5% a veem negativamente e 81% não a conhecem.

A primeira-dama tem participado da campanha não apenas de olho no eleitorado feminino –que representa pouco mais da metade do eleitorado–, mas também na parcela evangélica da população, já que ela mesma é praticante da religião.

Janja, por sua vez, além de acompanhar Lula em eventos de campanha, também tem realizado agendas-solo e discursado nessas ocasiões.

A pesquisa, encomendada pela Genial Investimentos, foi realizada entre os dias 11 e 14 de agosto e entrevistou 2.000 pessoas. A margem de erro é de 2 pontos percentuais.

(Reportagem de Maria Carolina Marcello)

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