11/08/2004 - 7:00
Atitude é um atributo indispensável para quem pretende se dar bem no mundo da moda. E isso, decididamente não falta às irmãs Raffaela e Carol Bassi Alvarez, herdeiras da Guaraná Brasil. À frente do negócio, elas imprimiram um novo estilo à empresa fundada na década de 70 pelos pais Anna e Arnaldo Bassi. A economista Raffaela, 27 anos, é quem comanda o ritmo de abertura de lojas próprias e franqueadas, enquanto a designer e artista plástica Carol, 30 anos, treina e fiscaliza de perto a equipe de vendas. Elas também se dedicam à criação. A concepção da coleção verão-2005 consumiu 12 horas diárias de trabalho, nos últimos 40 dias. ?Foi uma verdadeira loucura?, resume Carol. São essas peças que, em breve, vão aparecer nas vitrines das grandes redes da Europa. A direção da Guaraná Brasil acaba de acertar um acordo de exportação com a distribuidora espanhola Job?s Biotec. As negociações duraram um ano. ?Fizemos uma rigorosa análise da proposta e discutimos cada detalhe da operação?, conta Raffaela.
A internacionalização da marca é vista como a forma de manter a taxa de crescimento acima de 30%, obtidas nos últimos anos. Elas não revelam, contudo, o faturamento da companhia. Mas como o foco são os consumidores das classes A e B, o espaço para evolução no Brasil é limitado. ?Só damos licença para seis lojas por ano, três por cada coleção?, explica Carol. Cada unidade exige investimento mínimo de R$ 300 mil, sem contar as despesas de aluguel. A Guaraná Brasil tem 51 pontos-de-venda (sendo 32 próprios), espalhados pelo País. O número inclui as lojas abertas nos últimos dois meses em Curitiba (PR), Brasília, Fortaleza (CE) e Salvador (BA).
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300 mil é o gasto mínimo para abrir uma franquia |